11/05/2011 - 21:00
Torcedores brasileiros aguardam ansiosamente o ano de 2014, quando o País será sede da Copa do Mundo de futebol. Embora toda a torcida concorde que as obras e as preparações estão na retranca, ninguém discorda ao falar das oportunidades de investimento que podem impulsionar a economia do País. E é aí que outra torcida entra em campo: os que aplicam na bolsa. Conheça os setores e as empresas que podem ser os campeões de rentabilidade com a Copa e prepare-se para marcar seus gols.
Matéria-prima para construção
Reformas e mais reformas, tanto nos estádios que vão abrigar os jogos quanto na infraestrutura para receber turistas do mundo todo. Essas obras vão precisar de muito material, em especial o aço. “O investidor deve prestar atenção nos papéis de siderurgia, que devem subir bastante, e também apostar no setor de mineração, que é o fornecedor das siderúrgicas”, diz Salomão Santos, diretor da iCash Investimentos. Nesses setores, os analistas escalam CSN e Vale como titulares indiscutíveis. “A Gerdau é promissora, mas ela depende de fatores externos, por isso vale mais apostar nos outros papéis”, diz Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe da Coinvalores.
Transporte aéreo
Seja para trazer os torcedores estrangeiros, seja para permitir que eles acompanhem suas seleções pelas cidades onde haverá jogos, os aviões estarão lotados. Isso faz crescer os olhos de quem investe nessas ações. “Vão se sobressair as empresas com mais rotas nacionais, como Gol e TAM”, diz Santos, da iCash Investimentos. Os analistas esperam que outras ações entrem em campo na bolsa antes de a bola começar a rolar nos gramados. Barbosa, da Coinvalores, está otimista com o setor, mas recomenda manter o time na retranca para evitar um contra-ataque. “O lucro das companhias aéreas depende de fatores internacionais, como o preço do petróleo.”
Transporte terrestre
Para levar aço, cimento, areia, pedra e turistas pelo País, é preciso muito transporte, o que gera negócios. Isso vale para quem produz os caminhöes e ônibus, para quem os dirige e para quem administra as estradas em que eles trafegam. “Empresas de logística e transporte terrestre, como a Marcopolo, podem se beneficiar do aumento do tráfego”, diz Barbosa, da Coinvalores. Outro setor que não vai ficar no banco é o de concessões rodoviárias, de companhias como a CCR.
Hotelaria
Mesmo que a adrenalina do futebol tire o sono dos torcedores, eles vão precisar de um lugar para se hospedar ou, no mínimo, um quarto para deixar as malas. A escassez de hospedagem é aguda em cidades importantes como o Rio de Janeiro, onde os motéis estão sendo convertidos em hotéis. Por isso, há oportunidades no setor. “O mercado pode começar a prestar mais atenção em ações como as do grupo hoteleiro BHG”, diz Santos, da iCash Investimentos.