31/03/2016 - 19:09
Nomes como os do corredor jamaicano Usain Bolt, do nadador americano Michael Phelps e do tenista sérvio Novak Djokovic terão de dividir as atenções na Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto, com outras duas estrelas: o encanador Super Mario e o porco-espinho Sonic, respectivamente, os personagens-símbolo das companhias japonesas de videogames Nintendo e Sega. Os dois protagonizam juntos um novo jogo, Mario & Sonic at the Rio 2016 Olympic Games, lançado para o aparelho portátil Nintendo 3DS em fevereiro no Japão. O game foi desenvolvido pela Sega e publicado pela Nintendo, parceria que seria impensável há duas décadas.
As duas empresas dominaram as chamadas terceira e quarta gerações dos videogames, entre 1983 e 2003. Os jogos com esses personagens foram os mais populares do mundo. A Nintendo vendeu 40 milhões de unidades do Super Mario Bros., o mais bem sucedido da série. Já a Sega conseguiu negociar 15 milhões de unidades de Sonic the Hedgehog, o primeiro da série. Desde então, a Sega perdeu força como fabricante de consoles e passou a se dedicar a criar jogos. As principais rivais da Nintendo, hoje, são a americana Microsoft e a também japonesa Sony.
O espírito olímpico, no entanto, uniu as rivais. A partir dos Jogos de Pequim, em 2008, quando ganharam o licenciamento para usar a marca olímpica em seus lançamentos, as duas empresas passaram a lançar games que combinavam os dois personagens. Com isso, venderam ao todo mais de 20 milhões de unidades. “Jogos de esportes têm muito apelo. O primeiro grande sucesso da história dos videogames foi o Pong, baseado no tênis de mesa”, diz Mauro Berimbau, coordenador do laboratório de games da Escola Superior de Propaganda e Marketing. A série que envolve Mario e Sonic praticando esportes olímpicos, no entanto, tem perdido o fôlego. A primeira edição, de Pequim 2008, vendeu 11 milhões de unidades. Já a de Londres 2012, ficou em apenas 3,8 milhões. A expectativa é que o cenário da Cidade Maravilhosa ajude a reverter a tendência.