31/05/2013 - 21:00
Banco Mundial
O ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Alessandro Teixeira, demitido pelo ministro Fernando Pimentel no início de maio, deve ser indicado pela presidenta Dilma Rousseff para um cargo no Banco Mundial, em Washington. Outro brasileiro que já trabalha na instituição, o economista Otaviano Canuto, vai deixar o posto de vice-presidente, que ocupa desde 2007, para cuidar de questões ligadas aos Brics.
Regulação
Caso mal explicado
O caso do servidor Pietro Mendes, da Agência Nacional do Petróleo, rebaixado do posto depois de multar a OGX, de Eike Batista, em US$ 300 milhões, será discutido no Congresso. O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), da Comissão de Trabalho da Câmara, vai convocar dirigentes da agência e o próprio Pietro para uma audiência pública sobre a punição.
Logística
Correndo atrás do navio
A dificuldade de escoamento não afeta apenas o agronegócio. A Marcopolo já teve de colocar um caminhão para correr atrás de um navio, porque a má qualidade das rodovias atrasou uma entrega prevista para o porto de São Francisco do Sul (SC). A solução foi seguir até o Porto de Santos para alcançar a embarcação.
Agronegócio
Muito dinheiro, poucas estradas
O Plano Safra, que será divulgado nesta semana, com ampliação dos recursos para financiamento, não agradou o setor. O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, diz que dinheiro barato não falta no mercado. Na sua avaliação, os problemas do agronegócio são outros: falta de logística, de armazéns para estocar, de seguro para o clima e de segurança jurídica para lidar com as reivindicações indígenas.
Congresso
Relações abaladas
Durou pouco a trégua entre o Executivo e o Congresso. Duas semanas depois de salvar o governo, ao colocar a MP dos Portos em plenário, apenas uma hora e meia depois da aprovação na Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros, caiu em desgraça com o Planalto. Ele esperou sete dias antes de votar em qualquer projeto e não se sensibilizou com a perda de validade de duas MPs importantes.
Trem-bala
Bala na agulha
Depois de testar o mercado e perceber que o apetite dos investidores, nas condições oferecidas, não era assim tão grande, o governo federal estuda aumentar a taxa de retorno também do trem de alta velocidade, o popular trem-bala. A taxa atual, de 6,13%, deve aumentar para algo próximo ao das rodovias, que subiu para 7,25%.
Notas
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está satisfeito com uma eventual ajuda que a recente desvalorização do real possa dar à balança comercial brasileira. Porém, ele garante que não há manipulação no câmbio. “Não tem intervenção do governo. É um equilíbrio de mercado”, diz o ministro, ressaltando que a alta do dólar está acontecendo nas principais economias do mundo.
Integrantes de centrais sindicais, lideradas por Ricardo Patah, da UGT, prometem fazer barulho na 102ª Conferência Internacional do Trabalho, da Organização Internacional do Trabalho, a partir do dia 5, em Genebra. Eles vão denunciar o Brasil por ter descumprido o acordo de adesão à Convenção 151 da OIT, que estabelece negociações coletivas para servidores públicos. Até hoje o governo não regulamentou a convenção.
Colaboraram: Cristiano Zaia e Paulo Justus