07/10/2022 - 1:00
Constatação: o mercado de energia está em forte transição. A projeção da CPFL Energia é de que nos próximos dez anos deva haver mais mudanças do que nos 100 anteriores. Para acompanhar essa transformação, investir é palavra de ordem na companhia com sede em Campinas (SP) e controlada pela chinesa State Grid. Desde 2010, a empresa aportou R$ 11 bilhões no setor elétrico brasileiro. E o plano para o período de 2022 a 2026 é aplicar R$ 21 bilhões — sendo R$ 17,6 bilhões para expansão, manutenção e melhoria de redes de distribuição; R$ 1,2 bilhão a projetos de geração em construção e à manutenção de usinas já existentes; R$ 1,9 bilhão em transmissão; e R$ 262 milhões no segmento de comercialização e serviços. Tudo isso ancorado em sustentabilidade financeira que tem sido pragmática na empresa, que ano passado registrou receita operacional líquida de R$ 39,21 bilhões, com R$ 4,85 bilhões de lucro líquido, 30,9% superior ao do ano anterior.
“Estamos preparando a companhia para executar um grande programa de investimentos, focando na expansão das nossas atividades e na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes”, disse Gustavo Estrella, presidente da CPFL, vencedora de AS MELHORES DA DINHEIRO 2022 na categoria Energia Elétrica. “Foco em excelência operacional, disciplina financeira e crescimento sinérgico são sempre fatores fundamentais a serem levados em conta em cada decisão que tomamos.”
É a segunda maior distribuidora em volume de energia vendida no Brasil, com 14% de participação no mercado nacional, atendendo cerca de 10,3 milhões de clientes, em 687 municípios. E em 2021 deu um passo importante para se concretizar como uma empresa de energia completa, com negócios em distribuição, geração, transmissão, comercialização de energia elétrica e serviços, com atuação em todas as regiões do País. A empresa adquiriu a Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T), em leilão de privatização que envolveu R$ 2,67 bilhões. Em avanços em sua infraestrutura, destaque também para a entrega do Complexo Eólico Gameleira, no Rio Grande do Norte. O robusto programa de investimentos no ano passado atingiu R$ 4 bilhões, o maior da história do grupo, que também avançou no âmbito de governança corporativa, com a implementação do Comitê de Auditoria e a criação e revisão de políticas exigidas pelo Novo Mercado, da B3.

“Clientes cada vez mais exigentes nos demandarão mais produtos, serviços e qualidade” Gustavo estrella, presidente da CPFL Energia.
Estrella também aponta a agenda ESG como um dos pilares da empresa que foram fundamentais nos resultados do ano passado. Nela, foi concluída a primeira etapa do Programa CPFL Nos Hospitais, voltado a projetos de eficiência energética que ajudam hospitais públicos e filantrópicos. Foram aplicados R$ 155 milhões, em 325 instituições de saúde de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Essas ações, somadas, representaram uma economia financeira de R$ 11,8 milhões para as entidades.
Ações intensificadas contra perdas também estiveram entre as principais ações da companhia em 2021. Foram realizadas 530,8 mil inspeções em unidades consumidoras, visitas em 39 mil unidades consumidoras inativadas para corte, substituição de 25,6 mil medidores obsoletos ou defeituosos, blindagem de 34,9 mil clientes de baixa tensão através da instalação de caixas blindadas e regularização de 3,5 mil consumidores clandestinos.
Projeto de iniciativas digitais, em expansão nos últimos anos, teve performance destacada: até dezembro foram mais de 1 bilhão de transações nos pontos de autoatendimento. Em 2021, 2,4 milhões de clientes estavam ativos no app da empresa, 4,2 milhões contas digitais (sem papel) foram emitidas e 89% das interações com os consumidores foram feitas por canais digitais (site, aplicativo e WhatsApp).
FUTURO Gustavo Estrella diz que para melhorar o ambiente de negócio no setor energético, o Brasil tem o desafio de reduzir a burocracia e avançar nas reformas. “Passamos por um profundo processo de mudança, com a transição energética e a digitalização. Clientes cada vez mais exigentes nos demandarão mais produtos, serviços e qualidade”, disse o executivo, ao ressaltar que junto à abertura do mercado e aos desafios chegam novas oportunidades de levar uma energia cada vez mais limpa e acessível a todos.