09/01/2013 - 21:00
Com a crise nas economias europeia e americana, caberá aos emergentes manter o crescimento do mercado de luxo global. A constatação é da consultoria Bain&Company, que aponta China e Brasil como protagonistas do ano no setor. Em 2012, os brasileiros gastaram R$ 22,6 bilhões, sem contar as compras de Natal. Essa cifra representa 1,3% do faturamento mundial do mercado de altíssimo padrão, que no ano passado bateu recorde de € 212 bilhões em caixa, 10% a mais do que em 2011.
Novas mecas: shoppings de alto padrão, como o Cidade Jardim (acima), em São Paulo,
estão surgindo em capitais como Curitiba e Belo Horizonte
O Brasil lidera o consumo na América do Sul e virou polo de atração de grifes, como Chanel e Louis Vuitton. “A maior parte das marcas de luxo já está aqui e outras vão continuar chegando, sem se desestimular com o nosso ‘pibinho’, porque essas crises não afetam tanto o comprador de luxo”, diz Suzane Strehlau, professora e especialista em marketing, focada no segmento. A previsão para o setor no País nos próximos cinco anos é de crescimento entre 15% e 25%.
O mercado interno já tem se expandido para fora do eixo Rio-São Paulo. Praças como Curitiba, Belo Horizonte e Brasília entraram na mira. “Pela primeira vez, em 21 anos, abriremos em fevereiro nossa filial na capital federal”, conta Tomas Perez, presidente da Teresa Perez Tours, agência especializada em turismo de luxo. Para Maria Luisa Pucci, diretora da divisão de varejo do grupo JHSF, dono do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, o ano será bom. “Estamos negociando para ampliar nosso portfólio, mas há muitas marcas que estão vindo por conta própria”, diz.
Colaborou Bruna Borelli