31/07/2015 - 20:00
Na quinta-feira 30, o Bradesco anunciou um lucro de R$ 4,5 bilhões no segundo trimestre, alta de 5,4% ante o trimestre anterior. No primeiro semestre, o lucro foi de R$ 8,77 bilhões, alta de 20,6% em relação a 2014. O banco presidido por Luiz Carlos Trabuco fez um profundo corte nos custos. O índice de eficiência, que mostra quanto dos resultados é gasto com as operações, caiu de 40,9%, em 2014, para 37,9%. O crédito brilhou: o banco cobrou R$ 20,7 bilhões em juros. Segundo Tito Labarta, analista do Deutsche Bank, o resultado veio melhor do que o esperado. Porém, no dia da divulgação as ações caíram 2%.
Aviação
Embraer: lucro decola, cotações não
A Embraer divulgou na quinta-feira 30 um lucro de R$ 400 milhões no segundo trimestre, uma alta de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento subiu 18,6%, para R$ 4,66 bilhões. Mesmo assim, as ações caíram 5,5% no dia da publicação. Segundo o Credit Suisse, apesar dos bons números dos segmentos comercial e executivo, os segmentos de segurança e defesa apresentaram números piores que o esperado.
STF dá uma canja ao Santander
O Santander também anunciou seus resultados na quinta-feira 30. O lucro total foi de R$ 4,8 bilhões no segundo trimestre. O número, superior ao do Bradesco, teve uma ajudinha do Superior Tribunal Federal (STF). Uma decisão do tribunal permitiu que o banco chefiado por Jesús Zabalza poupasse R$ 3,1 bilhões em impostos. O lucro do trimestre foi de R$ 1,6 bilhão, o maior do banco no Brasil, mas abaixo das previsões do Deutsche Bank. As ações do abnco espanhol caíram 2,4% no dia do anúncio.
Touro x Urso
A agência de rating Standard & Poor’s movimentou o mercado na semana, após colocar a classificação de risco brasileira em perspectiva negativa. Isso forçou uma queda das ações e provocou uma retração de 6% no índice Bovespa, em julho. No ano, o mercado voltou ao terreno negativo, com uma leve queda em relação ao fim de 2014.
Papéis avulsos
As sinergias de GVT e Telefônica
A Telefônica Brasil informou, na quarta-feira 29, que as sinergias da integração com a GVT poderão chegar a R$ 16,2 bilhões. No cenário mais otimista, as receitas podem crescer em R$ 5,5 bilhões, as despesas vão encolher em R$ 6,6 bilhões e serão poupados R$ 4,1 bilhões em investimentos. Nessa data, as ações da empresa dirigida por Amos Genish subiram 7,7%. Além dos números, um acordo entre a Telefónica de España e a francesa Vivendi, antiga dona da GVT, que vai receber ações da empresa espanhola e entregar ações da Telefônica Brasil, animou os investidores.
Palavra do analista:
Segundo os analistas do Citi, o acordo afasta a hipótese de que a Vivendi despejasse uma grande quantidade de papéis da Telefônica Brasil no mercado. No entanto, o cenário ainda permanece complicado devido à pressão do dólar sobre os resultados e as despesas
da companhia.
Varejo
Via Varejo no vermelho
A Via Varejo, empresa formada pela união da Casas Bahia com a Ponto Frio, divulgou, na terça-feira 28, seu primeiro prejuízo desde 2011. A empresa, que havia lucrado R$ 184 milhões no segundo trimestre de 2014, amargou um prejuízo de exatos R$ 13 milhões no mesmo período de 2015. Segundo a empresa, a queda das vendas acentuou-se muito a partir de abril, e o cenário continua “desafiador” no terceiro trimestre. No ano, as ações recuam 56,1%, tendo caído 17,4% em 2014.
Mercado em números
VALE
US$ 1,00 - É a estimativa do mercado para a venda de 50% da mina de carvão Isaac Plains, na Austrália, pela mineradora. Os outros 50% da jazida, inoperante, pertenciam à japonesa Sumitomo.
RAIA DROGASIL
74,2% – Foi a alta dos lucros da rede de farmácias no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2014. O lucro acumulado foi de R$ 108,2 milhões.
ENERGIAS DO BRASIL
R$ 744 milhões – Foi o lucro líquido da empresa de energia no segundo trimestre, um resultado quase quatro vezes maior do que os R$ 184 milhões do mesmo período de 2014.
ODONTOPREV
R$ 49,6 milhões – É quanto a operadora de planos de saúde dentais lucrou no segundo trimestre, um crescimento de 3,9% em relação
ao mesmo período de 2014.