Formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o empresário paulista Marco Gregori sempre foi um aluno aplicado. Ao atuar como membro do Conselho de Administração do Grupo Anhanguera, ele estudou a fundo como funciona o mercado. Em 2005, Gregori participou da venda da Anhembi-Morumbi, fundada pelo empresário Gabriel Mário Rodrigues, para o grupo americano Laureate, assumindo em seguida a direção do family office de Rodrigues. Dois anos depois, participou da abertura de capital do grupo Anhanguera, que levantou R$ 935,1 milhões. Com esse capital acumulado, ele se prepara para novos passos no mundo dos negócios. Há dois anos, Gregori usou recursos próprios e capital de investidores-anjo e desembolsou R$ 9 milhões para adquirir os colégios paulistas Anhembi Morumbi e Anchieta.

Somados, eles abrigam 4 mil alunos. Serão o embrião de uma rede que almeja ter 10 mil alunos e dez novos colégios até 2021, no Estado de São Paulo. Para alcançar essa meta, será preciso um capital de R$ 500 milhões. Numa primeira etapa, a lição de casa de Gregori consistiu num longo “road show”, que captou R$ 50 milhões junto a family offices e a grandes investidores. O próximo passo será listar a Eduinvest no Bovespa Mais, segmento de acesso da bolsa. “Quando trabalhei no Grupo Anhanguera, consegui convencer investidores estrangeiros que educação superior no Brasil é um bom negócio”, diz Gregori.

“Agora, meu desafio é convencê-los de que a educação básica também oferece boas oportunidades.” Gregori está de olho em um mercado em expansão, composto por 9 milhões de alunos entre 7 e 17 anos que ocupam as carteiras de 40 mil colégios particulares. Para Gregori, esse segmento deve seguir o caminho do ensino superior, que se profissionalizou, se consolidou e vem tirando boas notas na bolsa. O mercado em crescimento permitiu o surgimento de gigantes como a Kroton, que, após sua fusão com a Anhanguera, passou a valer R$ 24 bilhões. Outras como a carioca Estácio e a pernambucana Ser Educacional também são protagonistas do setor.