03/06/2022 - 3:50
Por que uma empresa que atende fundos de pensão está ampliando seus serviços para as pessoas físicas?
Lidamos com previdência há tempos. Atendemos fundos de pensão há 22 anos e temos um conhecimento amplo dos riscos e problemas dessa gestão financeira. Agora estamos usando essa inteligência de consultoria financeira e de planejamento para auxiliar indivíduos de alta renda a organizar seus objetivos. Se pensarmos bem, essa nossa atividade não é muito diferente do que já fazemos.
Como assim?
Em termos financeiros, um fundo de pensão é um grupo de indivíduos que se reúne para fazer uma carteira de dinheiro, com o objetivo de garantir a aposentadoria de acordo com o desejado. Esses recursos têm de ser bem geridos, de modo a adequar a carteira às necessidades dos participantes. No caso de clientes individuais, a situação, a análise e as estratégias indicadas podem seguir
os mesmos princípios.
Quais as outras possibilidades?
Uma de nossas atividades é auxiliar o fundo de pensão a projetar as despesas no futuro, para daqui a 20 ou 30 anos. Por exemplo, se o participante definir que ele quer se aposentar com uma renda de R$ 10 mil daqui a 18 anos, calculamos o quanto ele precisa poupar todos os meses para chegar a esse resultado. A ideia é prestar um serviço semelhante para as pessoas físicas.
O que vocês recomendam para um investidor que quer preservar e ampliar seu patrimônio no longo prazo?
O mais importante é a diversificação. A tentação do investidor de apostar tudo no que está rendendo bem no momento é grande. Podem ser ações, pode ser renda fixa, podem ser os mercados internacionais. No entanto, no longo prazo todos esses ativos terão momentos de baixa e de alta. Concentrar todos os ativos em um só produto eleva os riscos. Não adianta nada investir em um ativo que renda 10% no primeiro mês e caia 10% no mês seguinte. No longo prazo a própria carteira não será sustentável. No curto prazo, até faz algum sentido aproveitar uma oportunidade pontual. Porém, para prazos mais longos, a única saída é a consistência.
NOTAS
FUNDOS DE AÇÕES E MULTIMERCADOS PERDEM RECURSOS
Os fundos de risco perderam recursos no fim de maio. Segundo a Anbima, associação que representa
o setor, a indústria registrou resgates líquidos de R$ 1,9 bilhão entre os dias 23 e 27 de maio. Esse número é a diferença entre os R$ 179,1 bilhões de aportes e R$ 181,1 bilhões de resgates no período.
As maiores quedas ocorreram nos fundos mais arriscados. Os multimercados e os fundos de ações contribuíram com o saldo negativo. Os primeiros registraram retiradas líquidas de R$ 5,1 bilhões. A classe de ações teve saídas líquidas de R$ 1,8 bilhão. As demais categorias tiveram captação líquida positiva no período, com destaque para a renda fixa, que captou R$ 3,5 bilhões. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios captaram R$ 1,1 bilhão. No mês, até o dia 27, a indústria acumula resgates líquidos de R$ 44,9 bilhões.
MASTERCARD CONCENTRA ESFORÇOS NAS PEQUENAS EMPRESAS

As pequenas e médias empresas estão na mira do sistema financeiro, que pretende aumentar a densidade dos negócios com esse segmento. A empresa de pagamentos Mastercard está ampliando seu programa de benefícios destinado às pessoas físicas, que agora passa a estar disponível também para as PMEs. “Nos últimos anos temos desenvolvido vários projetos com foco nas pequenas e médias empresas”, disse a vice-presidente de Produtos da Mastercard, Ana Karina Scarlato. Semelhante aos programas de milhagem para indivíduos, o Surpreenda Empresas oferece benefícios para os empreendedores, como aquisição de produtos e serviços. O programa já tem parcerias com Casas Bahia e RD Station, entre outros.
EM ALTA
7,4 pontos
Foi a alta do Índice de Confiança do Comércio (Icom) em maio. O índice subiu para 93,3 pontos ante 85,9 pontos em abril. A melhora nos ânimos também ocorreu em outros setores. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 2,1 pontos em maio, para 98,3 pontos. Já o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,3 pontos em maio, para 99,7 pontos. Nos três casos, o resultado foi o maior nível desde outubro de 2021, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira (30).
EM BAIXA
22,66%
Foi a queda da cotação do bitcoin em maio, conforme dados do portal Coinmarketcap. A cotação ficou em R$ 150.828,41. A mudança na economia global, com aumento de inflação e redução da liquidez no mercado, derrubou as cotações em todo o mundo, que recuaram 17,5% internacionalmente, passando dos US$ 38.469,09 para US$ 31.726,39. Os analistas afirmam que os investidores começaram a fugir
dos ativos mais arriscados diante da nova realidade do mercado.