Quais são os seus fundos e no que eles investem?
Atualmente, temos o Fiagro Az Quest Sole, voltado para crédito privado com a proposta de financiar o crescimento das empresas. A estratégia é o aumento da produtividade com foco no crescimento da geração de caixa dessas empresas do agronegócio. O fundo, no entanto, não é focado somente nas empresas do setor, também trabalhamos com o incentivo ao aumento da produção de agricultores. As companhias que o fundo disponibiliza crédito são de vários setores, como vinhos, frutas, supermercados, da cadeia de fertilizantes, sementes, orgânicos etc. A nossa meta de remuneração fica entre CDI + 3% e CDI + 5% ao ano.

Qual o percentual que os Fiagros devem ocupar na carteira?
O Fiagro pode ser visto como um instrumento de investimento alternativo, ou até mesmo de renda fixa, já que ele é um investimento em produtos incentivados. No mundo, os investimentos em agro fazem parte de 5% a 7% da carteira dos gestores. Porém, esse investimento ainda não terá um grande volume negociável disponível no mercado, mas o investidor deve ter aí cerca de 3% e 5%. Essa faixa seria um bom percentual de alocação.

Como o investidor pode encontrar Fiagros ESG?
Os investimentos que seguem critérios ESG devem ser olhados como uma forma de alocação. No agronegócio, existem formas de se aplicar em negócios com foco ambiental, como em produtores de biodiesel. Há também outras possibilidades, como em créditos de carbono. Fundos que investem em empresas que trabalham como esses dois temas ou outros semelhantes fazem parte do mundo ESG. No geral, os Fiagros possuem flexibilidade. Talvez hoje o mercado ainda não tenha maturidade de soltar um produto exclusivamente ESG. Mas o investidor consegue encontrar essas teses dentro dos fundos.

Como o investidor deve encontrar um bom Fiagro?
Acreditamos que qualquer produto que tenha uma grande diversificação em vários setores é mais interessante que fundos com investimentos muito concentrados. O setor agro tem apontado crescimento para o próximo ano, embora ele possa enfrentar alguns problemas, como uma seca no Centro-Oeste, que pode atrapalhar sutilmente a produção de soja. Por isso, vemos que o investidor deve optar por Fiagros que possuam uma diversificação regional.

NOTAS

Paramis e Fisalis selam parceria para Fiagro

A gestora Paramis Capital fechou uma parceria com a Fisalis para lançar um Fiagro FIP que comprará fazendas degradadas para recuperá-las e torná-las produtivas em um prazo de dez anos, informou a companhia na terça-feira (13). O fundo será fechado, e a expectativa é captar cerca de R$ 500 milhões. Para o sócio da Paramis Capital Danilo Ribeiro, esse é só o primeiro passo da parceria. “Começaremos com esse produto, mas o objetivo é trabalharmos em uma parceria duradora”, disse.

Crypto 357 capta 100 mil seguidores em 15 dias

O projeto Crypto 357 captou 100 mil seguidores nas redes sociais em apenas 15 dias, informou a empresa na segunda-feira (12). Segundo as idealizadoras do projeto, Verí Moreira e Tuanny Blumer, a proposta é trazer mais mulheres com conteúdo de educação financeira. De acordo com elas, o mercado de investimentos em ações era extremamente masculino até dez anos atrás. Hoje, quase 25% dos participantes são mulheres. “Em menos de 15 dias, já há duas exchanges oferecendo apoio”, afirmou Blumer.

Suno Asset terá FII de energia solar

A Suno Asset abriu a captação do fundo de investimento imobiliário (FII) Suno Energias Limpas. O objetivo é captar R$ 500 milhões na oferta pública (CVM 400) para investidores comuns, segundo a gestora. O montante será usado para investir em projetos de energia solar (projetos fotovoltaicos) ao longo do ano de 2023. As cotas do fundo serão negociadas abertamente na Bolsa (B3) até 2024, ano em que os investidores começarão a receber os primeiros rendimentos do fundo.

EM ALTA
69% 

Foi a disparada do volume em certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e imobiliários (CRIs), para R$ 79,9 bilhões de janeiro a novembro de 2022, em comparação com igual período de 2021, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) na segunda-feira (12). Em 11 meses do ano, os CRAs têm R$ 38,7 bilhões em ofertas encerradas. Em novembro, o volume foi R$ 1,2 bilhão em recebiveis do agronegócio e R$ 4,5 bilhões em CRIs.

EM BAIXA
10,6% 

Foi a queda no volume financeiro total em ofertas no mercado de capitais no período de janeiro a novembro de 2022, ante igual período de 2021, segundo a Anbima. O resultado acumulado no corrente ano chega a R$ 466,5 bilhões, sendo R$ 234,9 bilhões em títulos de dívida corporativa (debêntures). Em novembro, as emissões somaram R$ 21,5 bilhões, com destaque para um volume de R$ 8,6 bilhões em debêntures. Na renda variável, a Anbima não registrou ofertas de ações.