09/08/2013 - 21:00
Setor público
Passado o calor das manifestações de rua, que infernizaram sua vida (e a de muitos outros governantes País a fora), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem bons motivos para comemorar, abandonando o semblante preocupado exibido em junho e julho. Motivo 1: o projeto para a troca do indexador da dívida de Estados e municípios com a União, reivindicação sua desde a campanha eleitoral, ganhou caráter de urgência constitucional na Câmara dos Deputados. Isso significa que o pedido de mudança do IGP-DI para o IPCA ou Selic para corrigir o saldo devedor das prefeituras e governos estaduais deve ser pauta prioritária do Congresso, no segundo semestre. “Tínhamos a meta de aprová-lo em junho, mas, por tudo que aconteceu, não foi possível”, disse Haddad. Motivo 2: em reunião com empresários do setor de infraestrutura, na quarta-feira 7, Haddad anunciou que serão investidos R$ 10 bilhões em obras na cidade até o final deste ano. Só para a reforma da rede de semáforos, por exemplo, devem ser destinados cerca de R$ 400 milhões. “É o investimento público que vai melhorar a economia, ao incentivar o investimento privado”, disse o prefeito.
Frase da semana
“Queria te dizer que tenho muito respeito pelo ET de Varginha”
Presidenta Dilma Rousseff, em entrevista a uma rádio da cidade mineira, que ganhou fama nos anos 1990, com a suposta aparição do extraterrestre
Alimentação
TrendFoods amplia a rede
Dono de receitas de R$ 280 milhões em 2012, o grupo TrendFoods, do empresário paulista Robinson Shiba, que detém as marcas China In Box, Gendai, Owan e Brevitá, com uma rede de 220 restaurantes, vai abrir mais oito lojas na capital e no interior de São Paulo.
Fast Food
Black Bloc poupa McDonald’s
O lucro líquido da Arcos Dorados, controladora do McDonald’s na América Latina , caiu 27,3%, para US$ 8,8 milhões no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2012. Mas os executivos da rede de fast food do Ronald McDonald’s têm boas razões para comemorações. É que, nos protestos iniciados em junho no Brasil, as lojas da rede têm sido poupadas, deixando para os bancos o posto de alvo principal das depredações promovidas pelo pessoal do Black Block. A boa notícia é creditada à estratégia de abrasileiramento da marca, através de campanhas publicitárias, nos últimos anos.
Cachaça
Da tevê para o copo
A cachaçaria Cobiçada de Minas, em parceria com a Rede Globo, está lançando no mercado a Cachaça Saramandaia, inspirada na novela da emissora. O investimento de R$ 2 milhões engloba duas versões da bebida, prata e ouro – esta com envelhecimento de quatro anos em barril de carvalho. Os alambiques ficam em São Gonçalo do Bação, no interior mineiro, onde a bebida é produzida artesanalmente. Os preços variam entre R$ 34,90 (670 ml, prata) e R$ 59,90 (700 ml, ouro).
Medicamentos
Blanver investe em genérico antiaids
O laboratório Blanver, de São Paulo, está investindo R$ 5 milhões no desenvolvimento de um remédio genérico que evita a contaminação pelo vírus da Aids. O medicamento, que combina os princípios ativos Tenofovir e Emtricitabina, é indicado para homossexuais masculinos. Com vendas de R$ 200 milhões em 2012, o Blanver fornece remédios antirretrovirais para o governo e exporta matérias-primas para mais de 100 países.
Celulares
Smartphones viram o jogo
A consultoria IDC, especializada em tecnologia, está revendo para cima suas previsões para o mercado de celulares no Brasil. Os analistas da empresa afirmam que, pela primeira vez, o número de smartphones vendidos no País vai superar o de telefones comuns. Essa é uma tendência que já é realidade nos Estados Unidos e na Europa e representa um quebra de paradigma no mercado de telecomunicações. Os chamados telefones inteligentes devem responder por 53% do mercado neste ano.
Educação
Santillana investe no Brasil
O Santillana, braço editorial do grupo espanhol Prisa, dono do jornal El País, recebeu um aporte de € 25 milhões do Banco Mundial para ampliar de 100 mil para 200 mil o número de estudantes que utilizam seu sistema de ensino UNO Internacional em tablets no Brasil.
Ovos
Devagar e sempre
Devagar e sempre, o consumo de ovos vem aumentando no Brasil. Entre 2007 e 2012, o per capita passou de 131,8 para 161, 5 unidades, um crescimento de 22,5%. De acordo com o Instituto Ovos Brasil, que representa os produtores, o objetivo é alcançar a marca dos 208 ovos per capita, até 2017, equiparando-se ao consumo de países como EUA, França e Itália.
Alpiste de primeira no metrô paulista
Marketing esportivo
UFC ajuda a Integralmédica
Em 2011, antes que o UFC, categoria de lutas marciais, se tornasse popular entre os brasileiros e chegasse à tela da TEVÊ, a Integralmédica, fabricante de suplementos nutricionais, apostou na modalidade para aumentar a exposição da marca. Neste ano, segundo o CEO Felipe Bragança, a empresa vai investir R$ 8 milhões para ter o logo presente no octógono e no material promocional dos embates, além de patrocinar seis lutadores, entre eles o campeão dos pesos-pena José Aldo, que garantiu seu cinturão no início de agosto, ao derrotar o lutador coreano Chan Sung Jung. Com a exposição, a empresa prevê um aumento de 40% em suas vendas, que chegaram a R$ 110 milhões em 2012.
Debate
O impacto da corrupção
O Presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), embaixador Roberto Abdenur, convidou a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e o jornalista Oscar Pilagallo, autor do livro Corrupção – Entrave ao Desenvolvimento do Brasil, para um debate sobre o impacto da corrupção na economia, que acontecerá na quarta-feira 14, na Livraria da Vila, do Shopping JK, em São Paulo. “A corrupção causa distorções na concorrência entre as empresas, estimula a sonegação fiscal, provoca insegurança jurídica e encoraja a criminalidade”, afirma Abdenur.
Software
Cast é número 1 no setor público
A Cast, dos empresários José Calazans e Luiz Maria de Ávila Duarte, tornou-se a maior fornecedora de softwares para o setor público brasileiro, segundo um estudo da consultoria americana IDC. Com clientes como o Banco do Brasil, Petrobras e Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo,entre as estatais, além de empresas privadas como a Bradesco Seguros, Cielo e Raízen, a empresa projeta um faturamento de R$ 262 milhões em 2013, um crescimento de 40% sobre o ano passado.
Colaboraram: Carla Jimenez, Carlos Eduardo Valin, Keila Cândido, Luiz Pacete e Rodrigo Caetano