24/03/2023 - 1:30
Quais são os principais fundos da Jive e onde são investidos os recursos dos cotistas?
A principal estratégia é a dos fundos de ativos alternativos estressados. São três fundos captados, fechados e com prazo de 6 anos, para investidores profissionais. O fundo Jive Distressed I entregou uma taxa interna de retorno de 19,5% ao ano. Já o fundo Jive Distressed III tem um patrimônio de R$ 3,9 bilhões e 925 cotistas, sendo 40% deles estrangeiros, com fundos soberanos, fundos de pensão e o IFC, do Banco Mundial.
Desde a fusão da Jive com a Mauá Capital, qual o principal projeto da gestora?
A fusão com a Mauá Capital foi impulsionada pela complementariedade de produtos e de base de clientes da casa. A Jive já era tradicional no mercado de crédito estressado e high yield e a Mauá tinha uma experiência grande em crédito imobiliário high grade e high yield. Juntas, conseguem atender qualquer solução por demanda de capital.
Qual o objetivo do espaço Jive House para a gestora?
O Jive House é um espaço para educação, experiências e networking idealizado para aproximar todos os stakeholders da Jive. O espaço destinado a eventos tecnológicos e voltados para os negócios pode ser utilizado por terceiros e aproxima investidores e a rede de originadores, além dos distribuidores de fundos.
Quais são os próximos fundos da Jive que vão chegar ao mercado?
Sobre as ofertas em curso não podemos, por norma da CVM, falar. Porém, tradicionalmente, os produtos listados da Mauá (MCCI11, MCHY11, MCHF11, MCCE11) fazem follow on’s (ofertas de aumento de capital) quando existem oportunidades de investimento casadas com janelas de mercado como já aconteceu no início desse ano. Já os produtos abertos da Jive, como o fundo BossaNova e o Soul Prev, estão sempre abertos para investimentos e podem ser acessados a qualquer momento. Oportunidades que surgiram com o estresse do mercado.
NOTAS
Gestoras de patrimônio crescem 21,2%
O volume financeiro administrado pelas gestoras de patrimônio somou R$ 385,4 bilhões em 2022. O montante representa um aumento de 21,2% em relação a 2021, quando o total era de R$ 318 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). “O resultado foi impulsionado pelo crescimento dos produtos de renda fixa. Em cenário de juros altos, os gestores buscam ativos seguros para compor a carteira”, disse o diretor da Anbima, Fernando Vallada.
Fundos de pensão intensificam crédito
Os fundos de pensão estão aproveitando a crise de crédito para intensificar empréstimos aos pensionistas. As instituições podem emprestar com juros menores do que os praticados pelo mercado. Hoje existem cerca de 300 fundações com mais de R$ 1,3 trilhão em recursos. Deste total, menos de 2% são usados para concessão de crédito. “Há um potencial de R$ 146 bilhões (11% do total) para que participantes obtenham empréstimos”, afirma Alexandre Teixeira, CEO da pensiontech uFund, que atende o setor previdenciário.
Nomad lança renda fixa em dólar
A Nomad anunciou no dia 21 produtos financeiros de renda fixa em dólar com liquidez diária em sua plataforma de investimentos. De acordo com o diretor de Investimentos da Nomad, Celso Pereira, a novidade foi desenvolvida para atender à demanda de clientes que buscam investimentos em renda fixa em dólar, sem oscilações negativas na conta global. “Com as quedas no mercado de ações, os produtos de renda fixa com previsibilidade de retorno para o investidor voltaram ao topo da popularidade”, disse.

“Nossa intervenção foi necessária para proteger o sistema bancário, e ações semelhantes podem ser justificadas se instituições menores sofrerem corridas por depósitos” Janet Yellen Secretária do Tesouro dos Estados Unidos.
US$ 95 bilhões Foi em quanto ficou o valor de mercado da Bed Bath & Beyond após a queda de 21,12% de suas ações no dia 20. A varejista comunicou que está buscando a aprovação dos acionistas para um grupamento de ações. A mudança permitiria recuperar sua liquidez, o que ajudaria a executar planos de recuperação.
R$ 2,3 bilhões Foi o lucro líquido da JBS no quarto trimestre de 2022, queda de 63,7% em relação ao resultado obtido no quarto trimestre de 2021. O lucro antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado foi de R$ 4,6 bilhões, baixa de 65,2% na mesma comparação. A receita líquida caiu 4,5% e ficou em R$ 93 bilhões.
CRIPTOS
A crise bancária nos Estados Unidos despertou o interesse dos investidores por ativos de criptos. Segundo relatório Bom Dia USA da plataforma Avenue, corretora do Itaú em Nova York, as ações de empresas cripto subiram acompanhando o embalo da alta do bitcoin. Coinbase e Microstrategy subiram 6% e 7%, respectivamente. Os mineradores de bitcoin também tiveram grande valorização, com Riot Plattforms subindo 10%, Hut 8 avançando 6% e Marathon Digital subindo 4%. O CEO da Omega Investimentos, Paulo Fernando Braga, alertou sobre o entusiasmo. “Por mais que as criptomoedas sejam uma forma atraente de investimento, é importante ter cautela e estar bem informado antes de investir”, afirmou.
+12,6%
Foi a alta das ações da 3R Petroleum na semana até 20 de março, segundo dados da Austin Rating. De acordo com o comunicado no dia 16, a produção média diária consolidada dos oito polos de exploração somou 28.203 barris de óleo (boe) em fevereiro de 2023. Do total, a parcela referente à 3R atingiu média diária de 21.499 barris.
-21,0%
Foi a baixa das ações da M. Dias Branco na semana até 20 de março, segundo dados da Austin Rating. A empresa obteve lucro de R$ 15,5 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 90% em comparação com igual período de 2021. A receita alcançou R$ 2,7 bilhões, alta de 28%. No acumulado do ano, o lucro líquido ficou em R$ 481,8 milhões, queda de 4,6% ante 2021.