14/03/2014 - 21:00
Suprimentos
Como toda estrutura pantagruélica, a Organização das Nações Unidas (ONU) é uma consumidora contumaz de toda sorte de produtos. De papel a tecidos, passando por uniformes, armamentos e os famosos capacetes azuis de suas tropas de paz. No total, são cerca de US$ 4 bilhões por ano. Sabe quanto o Brasil abocanha dessa bolada? Nada. Para tentar reverter esse quadro, representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) se reuniram recentemente com dirigentes da ONU. Agora seu objetivo é recrutar empresários brasileiros dispostos a embarcar nessa missão. Estudo preliminar indica que podemos ser competitivos em produtos e serviços dos setores de casa e construção civil, defesa e segurança, além da tecnologia de informação. Quem se habilita?
Frase da semana
“Só estou vivo porque fui mal em economia”
Confissão bem-humorada do marquês Milford Haven, primo da rainha Elizabeth II e dono do site MoneyGuru, ao contar que escapou de um atentado em 1979 porque antecipou a volta a Londres ao ter se saído mal em uma prova na faculdade
Varejo
Lucro animal
Um dos maiores negócios virtuais de petshop, o Meu Amigo Pet está lançando um serviço destinado a facilitar a vida dos donos de animais de estimação. Trata-se do programa de venda de ração por meio de assinatura. Pelo site www.meuamigopet.com.br é possível programar as entregas do produto. Com isso, o empresário brasiliense Milton Lyra, dono do ML Group, controlador da marca, espera ampliar em 20% as vendas de ração.
Concessões
Na estrada
O setor de transportes tem sido uma fonte de dor de cabeça para o Planalto. Por isso, surpreende o prestígio do recém-empossado diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos. Foi ele quem abriu caminho para que a iniciativa privada voltasse aos leilões de concessão de estradas. No final de 2013, esses leilões de estradas tiveram deságio de até 52%. A expectativa é apostar firme nas concessões também neste ano.
Bebidas
Destilados na mesa
Parece difícil de acreditar, mas o Brasil nunca entrou na rota do Concurso Mundial de Bruxelas, o maior evento de bebidas destiladas do planeta. Nos dias 4 e 5 de julho, Florianópolis vai abrigar a edição 2014 do concurso. O Brasil vai marcar presença com a exposição de nada menos que 100 marcas de cachaça. O objetivo é pegar carona nas festas ligadas à Copa do Mundo, quando deverão desembarcar no País cerca de 600 mil turistas.
Acessórios
Visita ilustre
O mercado brasileiro de luxo segue no radar das grandes grifes globais. A austríaca Swarovski, que fabrica joias e bijuterias de cristal, é uma delas. Para acompanhar de perto o que está acontecendo por aqui, chega em São Paulo, no dia 10 de abril, o vice-presidente responsável pela área de consumo da marca, Roland Moecke. É a primeira vez que o número 2 na hierarquia da empresa vem ao País.
Construção
Na mira da justiça
O boom de venda de imóveis nos últimos cinco anos, especialmente na Grande São Paulo, gerou um efeito colateral tanto para construtoras quanto para clientes. Isso fica evidente no aumento das ações de mutuários contra as empresas. Levantamento do escritório Tapai Advogados mostra que cresceu 2.600% as ações de mutuários no Tribunal de Justiça de São Paulo. Um dos casos emblemáticos foi a recente liminar obtida pelo advogado Marcelo Tapai para um cliente da Tecnisa, cuja obra está atrasada há mais de um ano. A decisão indica que o financiamento do saldo devedor deverá ser pelo índice de menor variação, entre os existentes no mercado. Procurada, a Tecnisa disse que está recorrendo da decisão.
Fast-food
Sanduba incrementado
A rede chilena Doggis, de fast-food, pretende quase dobrar de tamanho por aqui neste ano. Para isso, está investindo R$ 10 milhões na abertura de 20 quiosques para a venda do cachorro quente. Hoje são 26 unidades. Depois de consolidar sua presença no Rio de Janeiro e em São Paulo, agora é a vez de se fortalecer nas cidades do Nordeste. A lista elaborada pela direção do Doggis inclui São Luis, Recife e Salvador.
Capitalização
A jogada da Zurich
A suíça Zurich Seguros investiu R$ 20 milhões para criar a Zurich Brasil Capitalização. A nova empresa nasce com um capital de R$ 21,8 milhões e três milhões de títulos na carteira. Desde 2003, o grupo comercializa serviços de capitalização, mas de baixo valor agregado e por meio de uma rede terceirizada. “Agora, será possível atuar no mercado de títulos tradicionais, em que os valores são mais altos e o potencial é maior”, diz Richard Vinhosa, CEO de vida e previdência da Zurich Seguros.
STF dá ganho de cuasa à Varig e Arno Agostin, do Tesouro, vai ter de assinar o cheque
Têxtil
Beleza americana
Depois de ganhar as passarelas de desfiles de estilistas como Alexandre Herchcovitch (foto), o fio têxtil inteligente da Rhodia está desembarcando nos Estados Unidos e no Canadá. A subsidiária brasileira da belga Solvay acaba de assinar contrato com a americana Premiere Fibers para a produção e comercialização do produto nesses mercados. A transação dará um incremento de US$ 10 milhões nas receitas de sua divisão têxtil, a partir de 2015. Criado no Brasil, o fio Emana é fabricado com cristais bioativos que interagem com o corpo, auxiliando no retardamento da fadiga muscular, além de ajudar a disfarçar a celulite. para alegria geral.
Esporte
Homem de aço
Fã de carteirinha de surfe e de futebol, o presidente da Alpargatas, Márcio Utsch, está apostando também nas superprovas de resistência. Só que desta vez como patrocinador e não como praticante. A Mizuno, marca de calçados que integra o portfólio da empresa, será a patrocinadora da edição brasileira do Ironman. A primeira das quatro etapas acontece em Brasília no dia 6 de abril. Conhecida por exigir dos participantes o máximo de desempenho, a prova é composta de corrida, natação e ciclismo.
Decoração
Reforma sem estresse
Quem já tentou reformar o imóvel por conta própria certamente passou apertos ou acabou estourando o orçamento. É para esse público que os paulistanos Marcio Gionco e Mariane Cunha se uniram ao designer Marcelo Rosenbaum para criar a AH!SIM, plataforma digital que conta com arquitetos, designers e o pessoal que pega no pesado. A meta é faturar R$ 30 milhões no primeiro ano de atividade.
Colaborou: Rosenildo Gomes Ferreira (interino), com Luiz Pacete