Aconta é simples. Some a retração do consumo causado pelas eleições e pelo crédito minguando, acrescente o PIB e a renda desacelerando e mais o dólar artificialmente fraco frente ao real. Juntos, esses fatores foram preponderantes para a indústria têxtil sofrer, e muito, no ano passado. Segundo a consultoria Iemi, o mercado teve uma queda de volume de 0,5%. Em valores, ao menos, apresentou um aumento de 6,7%.

“Para esse ano, a estimativa é ficar em alta de 2% no valor nominal, muito abaixo da inflação”, diz Marcelo Prado, diretor do Iemi. Poucas empresas têm conseguido um bom desempenho. Uma fabricante de Santa Catarina, no entanto, mostrou sua força na crise. A Döhler, vencedora do ranking setorial de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET, mostrou resiliência para elevar suas vendas em 7,6%. Com o resultado, seu faturamento alcançou R$ 396,3 milhões.

Para se esquivar da tempestade perfeita, a empresa apostou em uma modernização da fábrica, com investimentos de R$ 20 milhões, além das vendas de toalhas licenciadas pela FIFA durante a Copa do Mundo. Para os próximos dois anos, a expectativa do setor é que a alta do dólar freie o ímpeto de importação dos chineses, além de diminuir o consumo de roupas em cidades americanas como Miami e Nova York.

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