19/08/2016 - 20:00
Em seu segundo trimestre consecutivo no azul, a companhia aérea comandada por Paulo Kakinoff encerrou junho com lucro líquido de R$ 309,5 milhões, ante um lucro de R$ 757 milhões no trimestre anterior. Contribuíram para esse resultado a valorização de 18% do real frente ao dólar, o que gerou um resultado contábil positivo de R$ 778,8 milhões; a redução da frota da empresa; a queda no preço do querosene de aviação, o que fez essa despesa encolher 28% no período; e a alta de 9,2% do yield, indicador de valor médio pago por passageiro por quilômetro voado. Apesar da redução de R$ 1,2 bilhão em dívidas no período, principalmente pela troca de bônus no mercado externo e mudança do perfil das debêntures, e a empresa encerrou junho com dívida líquida ajustada de R$ 14,3 bilhões, alta de 31% sobre o mesmo período de 2015. A alavancagem que inclui despesas com reestruturação, caiu de 8,3 em março para 7,6 em junho. No ano, as ações
PN estão em alta de 154%.
TI
Senior lucra com licenças
A empresa de software financeiro Senior Solution lucrou R$ 7,6 milhões no segundo trimestre, alta de 12,6% em relação ao mesmo período de 2015. Segundo Bernardo Gomes, diretor-presidente, a razão foi o bom desempenho das receitas de licenciamento, suporte e manutenção de software, que avançaram 10% em relação ao ano passado. No ano, as ações ON, listadas no Bovespa Mais, subiram 77,3%.
Touro x urso
A certeza de impeachment de Dilma Rousseff ainda em agosto e a vinda de recursos internacionais fez o índice Bovespa atingir 59.323 pontos na quarta-feira 17, recorde em 12 meses, elevando a valorização no ano para 36,85%. Porém, cresce a probabilidade de uma realização de lucros após a confirmação do impeachment.
CELULOSE
Lucro da Suzano cai a R$ 954 milhões
A queda nos preços da celulose, combinada à valorização do real, prejudicou o resultado da Suzano em
R$ 166 milhões no segundo trimestre. Ainda assim, a companhia lucrou R$ 954 milhões, queda ante o R$ 1,12 bilhão dos primeiros três meses do ano. O presidente da companhia, Walter Schalka, prevê uma consolidação do setor na indústria, por conta do excesso de capacidade que reduziu os preços da commodity. No ano, as ações PNA recuam 45%.
Destaque no pregão
Eletrobras lucra com indenizações
No primeiro balanço apresentado desde que assumiu a Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. afirmou que estuda simplificar a estrutura societária e da organização para aumentar a eficiência de custos, e que dará prioridade à geração e à transmissão, uma vez que “estatais têm dificuldades em operar distribuidoras.” A companhia lucrou R$ 12,7 bilhões no segundo trimestre, ante prejuízo líquido de R$ 1,36 bilhão no mesmo período de 2015. O resultado foi influenciado pela contabilização de indenizações bilionárias que receberá por ter renovado antecipadamente concessões de transmissão, em 2012. A definição de regras para essas indenizações, que serão pagas em 2017, gerou impacto líquido de R$ 17,04 bilhões e a reversão de uma provisão para processos judiciais, de R$ 1 bilhão, teve efeito líquido de R$ 394 milhões. No ano, as ações ordinárias subiram 238%.
Palavra do analista:
Para os analistas da empresa independente Toro Radar, a perspectiva é de novas altas nas ações da Eletrobras, apesar de notarem uma resistência a R$ 19,85.
SIDERURGIA
CSN venderá ativos
Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, disse em teleconferência na terça-feira 16 que a siderúrgica deve vender uma operação do grupo, sem precisar data. Na véspera, a CSN tinha anunciado prejuízo de líquido de R$ 42,7 milhões, uma redução de 93% ante 2015, e aumento da relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado para 8,3 vezes ante 5,6 vezes em 2015.Steinbruch projeta que a CSN volte ao lucro no terceiro trimestre devido à alta no preço do minério de ferro e ao aumento na demanda por aço no país. No ano, as ações da CSN sobem 158%.
MERCADO EM NÚMEROS
PETROBRAS
US$ 355 milhões
Foi a economia gerada por programas de eficiência operacional nas refinarias da estatal, nos últimos três anos
BM&FBOVESPA
R$ 6,18 bilhões
Foi o volume de opções sobre o Índice Bovespa exercidas em agosto, sendo R$ 5,89 bilhões em opções de compra e R$ 287 milhões em opções de venda
BIOSEV
R$ 152 milhões
Foi o Ebitda ajustado da sucroalcooleira, de R$ 152 milhões, o que representa queda de 24% em comparação ao segundo trimestre de 2015
RUMO
R$ 35,4 milhões
Foi o prejuízo da empresa de logística com foco no transporte ferroviário, no segundo trimestre do ano
CTEEP
35%
Foi a alta do lucro líquido da Transmissão Paulista, que responde por 80% da distribuição de energia elétrica do Estado de São Paulo, no segundo trimestre, a R$ 107,9 milhões
Nota publicada na edição 981 da Revista Dinheiro