22/02/2012 - 21:00
O Pátria Investimentos deu um passo importante para aumentar sua atuação no setor de energia, na terça-feira 14. Por meio de um aporte de capital, cujo valor não foi revelado, a gestora, que administra mais de R$ 10 bilhões em ativos, adquiriu 50% da Capitale Energia, uma das maiores comercializadoras independentes do mercado livre de energia no País. Esse é o segundo investimento do Pátria na área. Ele detém uma participação de 36,4% da CFPL Energias Renováveis, que tem a CPFL Energia como controladora desde o ano passado, quando esta se fundiu com a Ersa, criada pelo Pátria. Fundada em 2010, pelos sócios Rafael Mathias e Daniel Rossi, a Capitale faturou R$ 215 milhões em 2011 intermediando a venda de 3.240 gigawatts-hora (GWh), um montante capaz de abastecer por um ano uma cidade do porte do município paulista de Guarulhos.
Rindo à toa: Daniel Rossi (à esq.) e Rafael Mathias (à dir.), da Capitale, com Luiz Magalhães, do Pátria.
Com a aquisição, o Pátria entra em um mercado promissor, que movimenta anualmente US$ 10 bilhões com a venda de energia no chamado mercado livre. A venda nessa modalidade representou 25% de toda a energia consumida no Brasil em 2011, mas tem potencial para chegar a 45%. “A entrada de grandes instituições é um sinal de que este mercado está começando a entrar no radar dos grandes investidores”, afirma Ricardo Lima, conselheiro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O Pátria não é o primeiro grande gestor a investir nesse nicho. Em 2010, o banco BTG Pactual, de André Esteves, comprou 100% da Comex, que, na época, era a maior comercializadora do País.