No fim de 2011, o CEO da Progen, Eduardo Barella, 31 anos, trocou o carro pelo táxi para aproveitar o tempo gasto no trânsito, entre uma reunião e outra, para ler jornal e responder aos e-mails pelo celular. O empresário tem pressa. Desde que assumiu o comando da empresa de projetos de engenharia fundada pelo pai, José Ricardo Barella, sua obsessão é levar a companhia a outro patamar de faturamento. Em 2011, a receita da Progen passou de R$ 260 milhões para R$ 401 milhões. Sua meta atual é ainda mais ambiciosa: chegar a R$ 800 milhões em 2013. 

105.jpg

Pressa: Barella, presidente, quer participar do projeto de construção do trem-bala.

 

A estratégia para chegar lá? “Resolvemos ampliar o leque para outros setores para ganhar escala”, afirma Barella. Formado em administração, a contragosto do pai, que preferia engenharia, Barella desenhou um plano de ação que contemplava também a aquisição de concorrentes para ampliar a atuação da Progen. Em 2011, o empresário começou a colocar a estratégia em movimento, quando adquiriu 80% da concorrente R.Peotta, especializada em infraestrutura, e metade da filial brasileira da espanhola AudingIntraesa, do setor de transporte público. “Foi a melhor maneira de ganhar know-how e contatos nessa área”, diz Barella. 

 

Dos principais projetos de infraestrutura da Progen, quatro são ligados ao setor portuário, dois ao ferroviário e um ao aeroportuário. Este, o aeroporto que a Petrobras pretende construir no Guarujá, litoral sul de São Paulo. Agora, o próximo passo da Progen é participar do projeto de construção do trem-bala, que interligará Campinas ao Rio de Janeiro. Está nos planos também participar da segunda etapa das concessões dos aeroportos e da expansão do Metrô de São Paulo. “Quem sabe daqui para a frente eu não troque o táxi pelo metrô”, brinca Barella.

 

106.jpg