18/03/2016 - 20:00
A chapa da Gerdau esquentou em 2015, ao registrar um prejuízo de R$ 4,59 bilhões, após um lucro líquido de R$ 1,48 bilhão em 2014. O desempenho mais fraco foi resultado de uma queda na geração de caixa, medida pelo Ebitda ajustado, e de um aumento das despesas financeiras decorrente da variação cambial. A dívida bruta cresceu em R$ 6,9 bilhões. O dólar mais valorizado, porém, beneficiou a receita líquida da companhia, que avançou 2,4%, para R$ 43,58 bilhões. “Apesar de o nosso resultado ter sido afetado por itens não-recorrentes, sem impacto no caixa, a forte presença da Gerdau no mercado americano e esforços de gestão permitiram reduzir o efeito da queda na demanda por aço, tanto no Brasil quanto no exterior”, disse o presidente André Gerdau Johannpeter. “Priorizamos a sustentabilidade financeira da empresa, reduzindo de forma significativa o capital de giro, com efeito caixa de R$ 2,4 bilhões no ano, e ampliando em 58% a geração de caixa livre, que chegou a R$ 3 bilhões.”
Touro x urso
As notícias vindas de Brasília continuarão dando o tom do sobe e desce do mercado na próxima semana. A nomeação do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil e a posterior suspensão da posse fez com que o Ibovespa e o dólar oscilassem intensamente.
Aviação
Encolhe lucro por ação da BR Malls
A receita líquida da BR Malls cresceu 2,97% para R$ 1,36 bilhão no ano passado, mas o lucro encolheu para R$ 4,84 milhões, 99,01% menos do que em 2014. O lucro por ação foi desidratado para R$ 0,01. A Ativa Corretora avalia a perspectiva de curto prazo como “muito ruim” e está neutra no papel. “No entanto, a empresa tem bons fundamentos e pode ser uma boa opção para um investidor de longo prazo.”
Bolsa
BM&FBovespa quer melhorar oNovo Mercado
A BM&FBovespa anunciou, na terça-feira 15, que vai convidar paticipantes do mercado para aprimorar os segmentos especiais, como o Novo Mercado, que exigem melhor governança das empresas. O processo de consultas e audiências deverá ser concluído no ano que vem e terá impacto, no mínimo, sobre 130 companhias listadas. “Esperamos que as empresas nos tragam pontos para o debate, como a questão de custos”, afirma Flávia Mouta, diretora da Bolsa. No ano, as ações sobem 33,43%.
Banco
Moody’s rebaixa nota do BTG Pactual
A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating de longo prazo em escala global do banco BTG Pactual, passando de Ba2 para Ba3, e ainda colocou a nota em perspectiva negativa. A medida é resultado de um estudo iniciado em 25 de novembro de 2015, que reflete o “enfraquecimento duradouro” provocado pela prisão de seu ex-executivo-chefe, André Esteves. “Embora o banco tenha gerenciado a situação para estabilizar sua posição de ativos líquidos, após um movimento significativo de retirada de fundos no curto prazo, e que os níveis de capital da companhia devam melhorar após a recentemente anunciada venda de seu banco suíço, BSI Group, a receita recorrente recuará, como resultado da perda de clientes em certas áreas de seus negócios”, escreve Celina Vansetti, analista de bancos da agência. As units do banco recuaram 42,87% no ano passado.
Destaque no pregão
Linha cruzada na Contax
A pedido da Atento, uma ação liminar concedida pela juíza Ana Lucia Goldman, da 28ª Vara Cível do TJ-SP, determinou que o ex-presidente da companhia, Nelson Armbrust, não pode assumir o comando da concorrente Contax. Armbrust foi anunciado como novo presidente da empresa de call center há dez dias, depois de permanecer à frente da Atento por seis anos.
MERCADO EM NÚMEROS
ODONTOPREV
R$ 1,25 bilhão
Foi a receita líquida da operadora em 2015, alta de 8,1% ante 2014. O lucro líquido cresceu 13,5% para R$ 221 milhões.
LOG-IN
Menos de R$ 1
Foi o valor das ações da companhia durante 30 pregões consecutivos, o que contraria as regras de listagem da Bolsa.
EMBRAER
3 milhões
É o número máximo de ações que a companhia pretende recomprar do mercado e equivale a 0,4% do total em circulação atualmente.
QGEP
20 mil
É a estimativa média diária de barris de óleo que a companhia vai explorar em dois poços no Campo de Atlanta, na Bacia de Santos.
CSU
69%
Foi quanto o lucro líquido da companhia cresceu em 2015, para R$ 19 milhões. Já a receita líquida avançou 16,6% para R$ 463,6 milhões.
(Nota publicada na Edição 959 da Revista Dinheiro)