21/12/2011 - 21:00
As empresas instaladas no Brasil comemoram os bons resultados do consumo interno. Em especial, num momento em que o mundo passa por problemas, como a lenta recuperação da economia americana e as turbulências financeiras e fiscais enfrentadas pelos países da Zona do Euro. Isso não significa que devam fechar-se para o mundo, à espera de que a tormenta passe, deixando de aproveitar um sem-número de oportunidades trazidas pela crise. “O forte mercado interno não pode servir de desculpa para não avançarmos internacionalmente”, disse Nizan Guanaes, presidente do grupo de mídia ABC, dono das agências DM9BBDO, Africa e Loducca.
Desafio: “A crise é a oportunidade para investir no Exterior”, disse Guanaes, em evento organizado por Waib (acima)
O publicitário falou a um grupo de empreendedores e executivos que participaram da nona edição do Jantar Jovens Lideranças, realizado na segunda-feira 12, por Sergio Waib, sócio da XYZ Live e âncora do programa Giro Business, da BandNews. Nem o resultado recorde de US$ 234 bilhões em exportações, entre janeiro e outubro deste ano, deve servir como motivo de acomodação, na visão de Guanaes. Segundo ele, é preciso criar marcas fortes pelas quais o Brasil seja conhecido no Exterior, algo que mexicanos conseguiram com a tequila, os nórdicos com a tecnologia, os austríacos com a Red Bull e os colombianos com o café.
“É inconcebível que não exista uma marca brasileira de cachaça, com o Brasil sendo o país da caipirinha”, disse o publicitário. A provocação de Guanaes encontrou eco entre os presentes ao jantar, que ressaltam a boa imagem do País lá fora. “Vivi por quatro anos nos Estados Unidos no começo dos anos 1990 e agora a impressão sobre o Brasil mudou completamente”, diz Leonardo Coelho, superintendente comercial da SulAmérica Ing. Waib, o anfitrião do evento, concordou. “Esse tipo de discurso estimula os jovens líderes a pensar além dos limites atuais da sua empresa.”