Aretração do consumo não é mais novidade para ninguém. O varejo, um dos setores que melhor evidencia a desaceleração brasileira, cresceu apenas 3,7% no ano passado, o pior resultado em 11 anos. O aumento das vendas ficou longe de superar a inflação oficial, de 6,41% no período. Já o atacado se mostrou mais resiliente. Segundo dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), o setor cresceu 7,3% em 2014, o que representou um ganho real de 0,9%. “Para 2015, ficaremos felizes se não retraírmos”, afirma José do Egito, presidente da Abad.

A rede atacadista gaúcha Frölich, vencedora do ranking setorial de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET, mostra que é possível ganhar dinheiro em um ano complicado. A companhia, comandada pelo presidente Lauro Frölich, obteve um crescimento de 9% no ano passado. O seu principal diferencial foi a aposta cada vez maior em produtos de fabricação própria distribuídos para todo o estado do Rio Grande do Sul. As marcas Fritz & Frida, de alimentos, Frilar, de higiene e limpeza, e a Frily, no segmento pet, passaram a representar 58% do seu faturamento, que foi R$ 215 milhões, em 2014.

O atacado, contudo, não foi deixado de lado. O negócio continua a todo o vapor e Frölich tem feito todos os esforços para não repassar o aumento de preços dos seus produtos aos clientes. “Adotamos a estratégia de comprar em quantidades maiores, assim negociamos melhor o preço”, diz ele. Mais de 13 mil pontos de venda na região recebem produtos vindos da Frölich, que já planeja expandir o alcance de suas marcas além das fronteiras gaúchas. “Queremos entrar em outros estados, mas vamos esperar a economia dar uma respirada”, afirma o empresário.

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