O executivo contemporâneo está em um momento de evolução tecnológica e social em que não pode parar de aprender. Afinal, há sempre uma nova abordagem ou forma de conhecimento. E quanto mais próximo do andar de cima ele estiver, maior será a cobrança por informação diferenciada e de ponta. “Somente com atualização constante o executivo poderá exercer sua carreira na plenitude”, afirma Tânia Casado, professora da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Programa de Vida e Carreira (Procar), da Fundação Instituto de Administração (FIA). Um dos cursos citados pela professora Tânia para a turma do topo da pirâmide empresarial é o MBA Executivo Internacional, desenvolvido pela FIA. 

 

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Haddad, do Insper: executivo busca adquirir ou aprimorar competências adequadas

a sua nova fase profissional

 

O curso dura 18 meses, sendo duas semanas no Exterior, que pode ser na prestigiosa Vanderbilt University, nos EUA, por exemplo. O médico Ewaldo Russo, que já tinha pós-doutorado em biologia molecular em Harvard, foi da primeira turma do MBA da FIA, em 1993. Entre 1988 e 2005, Russo foi presidente do Laboratório Fleury e um dos responsáveis pela expansão do grupo, que saltou de R$ 50 milhões para R$ 500 milhões em faturamento anual no período. “Nunca parei de estudar”, diz Russo. Segundo Claudio Haddad, presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), como a graduação é voltada para uma visão geral do conteúdo, o executivo, após alguns anos de experiência e em outra etapa de vida, tem necessidade de atualização. 

 

“Ele começa uma busca por adquirir ou aprimorar competências, como melhor capacidade de execução e liderança, mais adequadas a sua nova fase profissional”, afirma Haddad. O MBA Executivo do Insper dura oito trimestres. Os estudantes têm módulos de fundamentos de negócios, disciplinas optativas em MBA de finanças, business games – experiência de gerir uma empresa – e projeto aplicado. Um novo curso de liderança global que acaba de ser lançado é o CIM – Corporate International Master’s, idealizado pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape), da Fundação Getulio Vargas (FGV). 

 

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Tânia, da FIA: “Somente com atualização, executivo exerce

sua carreira na plenitude”

 

O participante que concluí-lo em 18 meses sai com três diplomas: (1) Mestrado Executivo em Gestão Empresarial pela EBAPE-FGV; (2) Corporate MBA pela Esade Business School, uma das mais prestigiadas do mundo, com sede nos EUA; e (3) Master’s in International Business pela McDonough School of Business da Georgetown University. As inscrições vão até fevereiro de 2013. “É a primeira vez que uma instituição brasileira participa com um programa de mestrado profissional” diz Álvaro Cyrino, vice-diretor do Ebape. De olho na linha de frente das empresas, a Fundação Dom Cabral conta com dois cursos que estão entre os melhores da chamada educação continuada, no País. O primeiro é o Pós-MBA FDC/Kellogg, um programa internacional focado em conhecimentos avançados de marketing, liderança e negociação. 

 

São seis dias na Kellogg School of Management, uma das mais importantes escolas de negócios dos Estados Unidos. O outro é o Pós-MBA FDC/INSEAD, programa internacional focado em conhecimentos avançados de Estratégia e Negócios Internacionais. “É uma reciclagem que permite aos executivos falar com seus pares internacionais, ser desafiados e descobrir novos modelos de negócios”, afirma Antonio Batista, diretor de educação executiva da Fundação Dom Cabral. Para atender os executivos top de linha, algumas instituições como o Ibmec, no Rio de Janeiro, estão criando até ambientes próprios. “Vamos inaugurar em março uma área de design thinking, um grande salão, sem paredes, onde vão ocorrer aulas e cursos diferenciados e inspiradores para os altos executivos”, diz José Luiz Trinta, diretor do Ibmec. 

 

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