A Cosan comunicou na sexta-feira (7) que comprou 4,9% das ações da Vale com direito a voto. A companhia informou que pretende adquirir mais 1,6% das ações da mineradora, e que buscará a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em teleconferência, a empresa considerou que a ação da Vale “é um ativo único e irreplicável”. A operação da Cosan foi financiada por uma emissão privada de notas comerciais e um financiamento atrelado a derivativos. Para a analista da Spiti Aline Tavares, alguns investidores se preocuparam com o endividamento da Cosan para adquirir parte da maior mineradora do País. “Os desafios são grandes e devem diminuir o fluxo de dividendos para os acionistas da Cosan no curto prazo”, afirmou. Por outro lado, ela disse acreditar que a compra é um bom negócio. “A mineradora permanece descontada em relação aos seus pares internacionais, com política disciplinada de alocação de capital e boa geradora de caixa”, disse.

CONSTRUÇÃO
Vendas da Eztec crescem 72,5%

A Eztec informou na noite de terça-feira (11) que suas vendas líquidas somaram R$ 426 milhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 72,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Os números foram impulsionados pelo sucesso do lançamento da 2º fase do projeto Unique Green [em construção], que está com 48% das unidades vendidas”, comunicou a empresa. Os lançamentos chegaram a R$ 410 milhões em valor geral de vendas (VGV). As vendas de estoque foram de R$ 361 milhões, maior volume da Eztec.

ÓLEO E GÁS
Eneva fecha compra da Amapari

A Eneva, empresa do setor de energia com foco em óleo e gás, informou na terça-feira (11) que fechou a aquisição de 49% das ações da Amapari por R$ 17,79 milhões. A Eletronorte, antiga Centrais Elétricas do Norte do Brasil, era a dona dessa participação. Após a transação, a Eneva passou a deter 100% do capital social da Amapari. A empresa comprada tinha como atividade principal a operação da central geradora termelétrica da Serra do Navio, no Estado do Amapá, informou a Eneva no comunicado.

FINANCEIRO
B3: Falhas aumentam pedidos de ressarcimento

A B3 informou na terça-feira (11) que as falhas em plataformas de corretoras, ou home brokers, são o principal motivo dos investidores para fazerem o uso do Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízo (MRP). De acordo com a administradora da Bolsa brasileira, nos últimos 12 meses foram 584 solicitações de ressarcimento recebidas e 34% delas são de falhas na corretagem. Segundo a B3, os investidores que se sentirem lesados podem acionar o MRP para solicitar ressarcimento de prejuízo.

MEIOS DE PAGAMENTO
Wibx expande uso da CRiptomoeda

Depois do pionerismo da premiada confeitaria Mariana Junqueira Cake Designer em aceitar diretamente a criptomoeda Wibx em compras na loja em São Paulo, o CEO da Wibx, Pedro Alexandre, afirmou que a solução criada para meio de pagamento pretende alcançar 5 mil estabelecimentos em 2023. “A moeda foi criada para ser um link entre empresas e consumidores e pode trazer a base digital para o mundo real”, afirmou o CEO. A Wibx possui 700 mil investidores em sua base e movimenta R$ 800 milhões nesse ano. A expectativa é R$ 4 bilhões de movimentação em 2023.

DESTAQUE NO PREGÃO
Apollo quer pagar mais por Braskem

Divulgação

O fundo de investimento Apollo fez uma nova oferta de R$ 50 por ação da Braskem, informou a coluna de Lauro Jardim do jornal “O Globo” na terça-feira (11). O valor ainda é maior que o proposto em abril, que era R$ 44,57 por ação. A notícia alegrou o mercado. As ações da Braskem dispararam 20,4% na terça-feira, com quase R$ 600 milhões em volume negociado. Com isso, os papéis terminaram o pregão a R$ 33,58 por ação. A cotação ainda está abaixo do valor oferecido pelo fundo Apollo. Para
os analistas da Ativa Investimentos, o anúncio é vantajoso para o acionista. Por outro lado, a corretora alerta que o interesse do fundo é fechar o capital na B3 e abrir posteriormente na NYSE (a Bolsa de Nova York). “Por possuir o mecanismo de tag along, a proposta atual de R$ 50 por ação é estendida à [acionista] Petrobras”, afirmaram.