19/01/2018 - 18:01
A explosão da sonda Deepwater Horizon, da petroleira britânica BP, no Golfo do México, irá completar oito anos. O acidente provocou a morte de 11 pessoas e o maior derramamento de óleo da história: 4,9 milhões de barris. Em 2015, a companhia chegou a um acordo para o pagamento de indenização ao governo americano que totalizou US$ 20 bilhões. Mas a conta do prejuízo é muito maior e não para de crescer. Na semana passada, a petroleira comunicou uma perda US$ 1,7 bilhão decorrente de acordos fechados com residentes do Golfo, que foram prejudicados pelo desastre. Com isso, chegou a US$ 63 bilhões o total gasto pela BP com a tragédia, incluindo indenizações e limpeza.
O acordo na Justiça americana não abrange os prejuízos causados a moradores da área, negociações que estão a cargo de uma comissão especial, supervisionada por uma Corte dos EUA. Com o anúncio, as ações da BP caíram 2% na bolsa de Londres. O mercado estava otimista com os resultados da empresa, que serão divulgados em fevereiro. A expectativa era de um lucro de US$ 2,1 bilhões no último trimestre de 2017, valor que deverá cair consideravelmente. A empresa diz que esse processo de reparação de danos está próximo do fim. De qualquer maneira, é uma mostra de quanto o negócio de exploração de petróleo é arriscado.