26/09/2012 - 21:00
O historiador britânico Eric Hobsbawn resumiu o século XX em apenas quatro palavras: A Era dos Extremos. A catástrofe das duas Grandes Guerras Mundiais, de um lado, e as transformações que revolucionaram as sociedades e aumentaram o bem-estar dos povos, de outro, foram os elos contrastantes que uniram as duas faces antagônicas da saga humana neste planeta, a vida e a morte. Guardadas as devidas proporções, os últimos 15 anos da história também podem ser resumidos como a era dos extremos, como você, leitor, poderá conferir nesta edição comemorativa da revista DINHEIRO. Pessoas, empresas e países foram do céu ao inferno, e vice-versa, neste curto espaço de tempo.
Os fundadores Domingo Alzugaray e Caco Alzugaray (à dir.), com a edição 780 da DINHEIRO.
Domingo Alzugaray, editor e diretor responsável da Editora Três: “A DINHEIRO
é uma revista muito boa. É séria, sem ser chata, tem muita riqueza de informação”
Desde 1997, quando o primeiro exemplar da DINHEIRO foi às bancas, o Brasil passou por imensas mudanças econômicas, tecnológicas e sociais, ora liderando seu próprio destino, ora a reboque dos fatos ocorridos nos outros cantos do mundo globalizado. Da estabilização monetária às privatizações, das eleições de um ex-operário e de uma ex-guerrilheira à Presidência, dos ataques às torres gêmeas em Nova York à condução do primeiro negro na Casa Branca, do nascimento do euro à ascensão da China como segunda maior potência da Terra, tudo o que aconteceu de mais importante foi registrado pela DINHEIRO, a primeira revista semanal de informação econômica do País – e até hoje, a única.
Um breve relato dessa jornada épica começa aqui. Selecionamos os principais fatos que foram notícia em cada um dos nossos 15 anos de vida e que serviram de matéria-prima para as 780 edições entregues aos nossos leitores em cada fim de semana. Seguimos, aqui, o mesmo princípio jornalístico que sempre adotamos: informar bem, de forma ágil e visualmente arrojada, para que homens e mulheres de negócios possam formar opinião e tomar as melhores decisões em suas atividades. Além de trazer o resumo das principais notícias da semana anterior e mostrar suas consequências, a DINHEIRO antecipa fatos e mostra tendências que causarão impacto na vida econômica do Brasil e do mundo.
A redação da Dinheiro: sessenta profissionais em São Paulo e Brasília produzem
a primeira revista semanal de informação econômica
É uma leitura ao mesmo tempo urgente e agradável, resume Domingo Alzugaray, editor e diretor responsável da Editora Três. “A DINHEIRO é uma revista muito boa. É séria, sem ser chata, tem muita riqueza de informação”, afirma. Alzugaray idealizou a revista dez anos antes de seu lançamento e, apesar do ambiente econômico conturbado do final dos anos 1990, com a crise do Sudeste Asiático e seus efeitos perversos sobre o Brasil, seguiu adiante e investiu R$ 8 milhões para colocá-la nas bancas em 3 de outubro de 1997. Foi uma decisão ousada e acertada – aqui ou na China, crise é sinônimo de oportunidade. A novata do mercado reuniu jornalistas experientes e cobriu de forma surpreendente em seus dois primeiros anos as crises da Ásia, da Rússia e do Brasil.
Falou in loco com os protagonistas nacionais e internacionais. A aceitação dos leitores de economia foi imediata. “A DINHEIRO causou impacto desde o início, pois sempre teve muita qualidade. Por isso, é lucrativa desde a primeira edição”, afirma Alzugaray. “Até hoje, é a revista com maior certeza nos planos de mídia.” É significativo o fato de até hoje nenhuma editora concorrente ter se aventurado em lançar uma revista semanal com as mesmas características no Brasil, avalia Caco Alzugaray, presidente-executivo da Editora Três. “A DINHEIRO atua sozinha no segmento editorial de economia, negócios e finanças. Em conteúdo e periodicidade, não tem concorrentes”, diz ele. “Isso é uma comprovação da força da revista.”
A Editora Três, que está completando 40 anos, publica ainda as semanais IstoÉ e IstoÉ Gente; as mensais Dinheiro Rural, Motor Show, Menu, Planeta, Status e Select; e as bimestrais IstoÉ Platinum e 2016. Em 15 anos de circulação, a produção da DINHEIRO consumiu 17.408 toneladas de papel e 571 toneladas de tinta. Foram mais de 75 milhões de exemplares produzidos na gráfica da editora em Cajamar (SP) e entregues às bancas e aos assinantes do Brasil todo. E de onde vem tanto sucesso? Do dinheiro, explícito no título da publicação e implícito no slogan de lançamento (Quem tem, lê. Quem lê, tem).
Tudo o que acontece de importante com as grandes empresas, as grandes marcas e os grandes personagens do mundo empresarial é retratado de forma diferenciada pela Dinheiro.
TUDO É DINHEIRO A fórmula editorial bem-sucedida da revista, que a distinguiu dos demais veículos especializados e a consolidou rapidamente como forte marca, é simples: o dinheiro está por trás de tudo o que acontece. Da eleição de um papa a um jogo de futebol, qualquer assunto ou personagem relevante no dia a dia pode virar reportagem na DINHEIRO. Toda notícia, seja ela de cunho político, cultural ou esportivo, tem um viés econômico que pode ser contado, esmiuçado, perseguido. “Follow the money (siga o dinheiro)”, ensinou há 30 anos Mark Felt, a fonte secreta dos jovens jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, que cobriram o escândalo de Watergate para o jornal The Washington Post e ajudaram a derrubar o presidente Nixon, nos Estados Unidos.
No Brasil, não é diferente. “O assunto dinheiro está em todo o lugar. Com essa abordagem, a DINHEIRO oferece um conteúdo mais interessante e mais abrangente que as tradicionais publicações de informação econômica”, diz Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três que, ao lado de Domingo e Caco Alzugaray, comandou o lançamento da revista em 1997. De uma forma ou de outra, tudo o que acontece de importante com as grandes empresas, as grandes marcas e os grandes personagens do mundo empresarial é retratado de forma diferenciada pela DINHEIRO. Em média, 320 empresas são citadas por edição, o que a torna uma vitrine viva do capitalismo brasileiro e global.
Na busca incessante pelo melhor conteúdo, nossa equipe trouxe inúmeros furos de reportagem, entrevistas exclusivas e coberturas especiais nos últimos 15 anos. Em algumas crises e escândalos retratados nessa retrospectiva, como o Caso Marka e o Mensalão, a DINHEIRO teve papel de destaque, recebendo vários prêmios. Uma característica importante da revista é que não há, na divisão das editorias temáticas, um espaço definido para os assuntos internacionais, que permeiam toda a edição. Desde o início, a DINHEIRO é uma publicação com visão global. Hoje, sua produção envolve 60 profissionais na redação, entre jornalistas, fotógrafos, designers gráficos e produtores em São Paulo e Brasília.
Na boca do forno: caderno da edição especial de 15 anos é impresso em rotativa
da gráfica da Editora Três em Cajamar (SP)
Em sua história, a marca DINHEIRO se fortaleceu e criou subprodutos importantes. Surgiram a revista mensal Dinheiro Rural, voltada para o agronegócio, e o anuário As Melhores da Dinheiro, que retrata as melhores práticas corporativas do País e traz um ranking com as 1.000 maiores companhias. Em 2012, a área Debates DINHEIRO reuniu, pela primeira vez, os quatro ex-presidentes do Banco Central que participaram da história econômica do Brasil nos últimos anos (Persio Arida, Gustavo Franco, Armínio Fraga e Henrique Meirelles), além do atual, Alexandre Tombini (veja foto ao final da reportagem).
NOVO PORTAL Mas é na área da informação digital que a DINHEIRO encontra pela frente seu maior desafio para os próximos 15 anos. A revolução das comunicações – aqui retratada nas inúmeras matérias sobre os negócios de companhias como Apple, Google, Facebook e tantas outras – está mudando a forma de as pessoas consumirem as informações, sejam elas econômicas ou não (em nossa cartilha, sempre são). Nesse ponto, a DINHEIRO está bem posicionada e prepara para breve o lançamento de um novo portal na internet, mais ágil, dinâmico e ainda mais informativo que o atual. As versões para tablet e celular já estão disponíveis e irão evoluir conforme o gosto do nosso público.
A proposta é continuar sendo uma ferramenta útil aos empresários e executivos, sempre praticando um jornalismo instigante e envolvente nos aspectos visuais e informativos. “A DINHEIRO está na crista da onda do que existe em mídias digitais e vai continuar”, afirma Caco Alzugaray. Nessa ainda desconhecida era dos extremos da tecnologia, em que mídias antigas convivem com as novas, o que se vê na Editora Três é mais uma oportunidade de negócios. “Este é um momento muito democrático, que permite a relargada de todos os concorrentes. Quem tiver o melhor conteúdo terá vantagens e irá prevalecer”, diz ele. Um passeio pelas próximas páginas pode indicar o que vem pela frente. Qualquer que seja o futuro, haverá dinheiro lá – e a DINHEIRO estará com você.