21/07/2010 - 21:00
Os carros das equipes de Fórmula1 são equipados com um dispositivo que permite identificar, com precisão e em tempo real, o consumo de combustível e o ritmo de desgaste dos pneus. Graças à telemetria, também é possível saber se o piloto Felipe Massa, por exemplo, está pisando com força excessiva no pedal do freio de sua Ferrari.
Hackett, presidente: o novo produto permite acompanhar o desempenho da frota pelo celular
E é exatamente com essa tecnologia que a Zatix, empresa brasileira que atua no rastreamento de veículos, espera dobrar, para 30%, sua taxa de crescimento anual. Ironicamente, a empresa que faturou R$ 250 milhões em 2010, quer usar essa ferramenta para ultrapassar a Autotrac, concorrente que pertence ao ex-piloto de F-1 Nelson Piquet e fatura mais de R$ 300 milhões, em um setor que movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano.
Além de medir os indicadores, o sistema da Zatix também informa se o condutor do caminhão cumpriu os intervalos de descanso previstos no roteiro ou excedeu o limite de velocidade. “O uso inteligente do caminhão pode reduzir em até 20% o custo operacional de uma transportadora”, diz Martin Hackett, presidente da Zatix.
“O rastreamento é importante. Contudo, cada vez mais as transportadoras compreendem os benefícios da inteligência logística em suas operações”, opina Cyro Buonavoglia, presidente da Gristec, entidade que reúne as empresas do setor.
Apesar do crescimento do roubo de carga, que causou prejuízo de R$ 900 milhões em 2009, os sinistros causados por acidentes têm um peso elevado na equação de custos. Foi com isso em mente que Hackett, da Zatix, decidiu apostar em inovações.
“Mais que uma vendedora de equipamentos, queremos ser percebidos como desenvolvedores de tecnologia”, explica. Prova disso é que a empresa criou um aplicativo para iPhone que permite acompanhar os deslocamentos de um veículo ou de uma frota inteira. Tudo isso na tela do celular.