As ações ordinárias e preferenciais da Eletrobras fecharam com altas de dois dígitos na quarta-feira 22 devido à indicação de Wilson Ferreira Júnior para a presidência da estatal. Ferreira, que presidiu a paulista CPFL por 16 anos, levou a empresa integrada de energia do interior de São Paulo a níveis exemplares de eficiência, e privilegiou a geração de valor para o acionista. A expectativa do mercado é que, à frente da Eletrobras, Ferreira repita os bons resultados. O engenheiro, que começou sua carreira na paulista Cesp, terá muito trabalho pela frente. Ele deverá conduzir um processo de venda de ativos, a começar pela alienação da distribuidora goiana Celg D, para reduzir a enorme dívida da estatal. Além disso, pelas contas dos analistas, ele vai buscar R$ 7 bilhões em capital para sanear as contas da Eletrobras, e terá também de revisar o papel da estatal como gestora de política energética, função que foi transferida para a Aneel.

BANCOS
Setubal de olho nas fintechs

Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, reconhece o potencial de inovação das fintechs, mas não acredita que elas ameacem os bancos. Pelo menos no Brasil. “Na China, o Alibaba tem o maior cartão de crédito, mas isso aqui não seria possível”, diz ele. “O Conselho Monetário Nacional regulamenta as atividades de pagamento de não financeiras, como o PayPal, e isso evita casos de fraudes como o da corretora de crédito americana Lending Club.”

MEDICINA
Dasa cresce no Nordeste 

Após cinco anos sem aquisições, a Dasa, empresa de medicina diagnóstica de Edson Godoy Bueno, anunciou na segunda-feira 20 a compra do Laboratório Gaspar, com 22 unidades no Maranhão, por R$ 59,4 milhões. Foi uma aproximação com a região Norte, onde a Dasa ainda não está presente. No ano, as ações subiram 4,62%.

(Nota publicada na Edição 973 da Revista Dinheiro)