05/02/2016 - 17:00
Na quarta-feira 4, o conglomerado estatal do setor químico ChemChina comprou, por US$ 43 bilhões, a suíça Syngenta, produtora de sementes e agroquímicos. Foi a maior aquisição da história de uma empresa chinesa em território estrangeiro. Esse é, no entanto, apenas o negócio mais recente envolvendo o gigante asiático neste ano. Em um mês, a China movimentou US$ 68 bilhões em aquisições, mais da metade do volume registrado em todo o ano passado.
Entre as transações destacam-se a compra da americana Terex, fabricante de guinchos e guindastes, por US$ 3,3 bilhões, pela Zoomlion, do setor de construção, que é 60% controlada pelo governo da província de Hunan. Já a Haier Group, fabricante de eletrodomésticos da província de Shandong, pagou US$ 5,4 bilhões pela divisão de equipamentos domésticos da GE.
Analistas de mercado preveem ainda mais aquisições neste início de ano, em virtude do enfraquecimento da moeda chinesa, que no ano passado se desvalorizou em 8% em relação ao dólar. O governo asiático deve correr contra o tempo para não ver as oportunidades encarecerem por causa do câmbio. Para a consultoria PwC, essa tendência deve continuar por vários anos, na verdade, com um aumento anual de 50% no volume de aquisições protagonizadas pela China.