Assim que o jogo do Clippers, time que disputa a divisão profissional de basquete dos Estados Unidos, terminou, em Los Angeles, 65 trabalhadores tomaram rapidamente conta da quadra. Como se estivessem sendo regidos por um maestro, cada um deles sabia exatamente o que precisava fazer. 

Em apenas duas horas e meia, a quadra de basquete que estava ali havia sumido, para dar lugar a uma pista de patinação no gelo, onde os jogadores do Kings, clube local, se digladiariam com os patinadores do Ducks, os rivais daquela noite. “Nosso recorde foi fazer essa transformação em duas horas e 12 minutos”, afirmou Sam Kropp, vice-presidente de operações do Staple Center, arena com capacidade para 20 mil torcedores (veja vídeo no site da DINHEIRO). 

 

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O Staple Center, estádio administrado pela AEG, proprietária de vários espaços esportivos ao redor do globo, é um exemplo de como uma arena multiuso pode ser a solução para que obras de grandes eventos esportivos não se transformem em elefantes brancos. Em ano de jogos Pan-Americanos, que acontecem este ano em Guadalajara, no México, o complexo esportivo de Los Angeles ensina que não basta construir um bom estádio. Para ter sucesso, é preciso ir além. 

 

Ao redor do Staple Center, a AEG desenvolveu um complexo de entretenimento e de negócios, que inclui bares, restaurantes, cinemas, casas de show, teatros, dois hotéis de luxo e residências. Tudo isso faz com que o espaço tenha vida 24 horas por dia, sete vezes por semana. 

 

Anualmente, cerca de quatro milhões de pessoas passam por lá para assistir a 250 eventos. É por esse motivo que o empreendimento, no qual foram investidos US$ 2,5 bilhões, ganhou o nome de LA Live (Los Angeles Ao Vivo, em português). “Temos de trazer esse projeto para a realidade brasileira”, afirma Felipe Jens, presidente da Odebrecht Participações e Investimentos. Não por acaso, Jens contratou a americana AEG para dar consultoria na construção da Arena Pernambuco, estádio que será usado na Copa do Mundo do Brasil em 2014.