Com o intuito de reconhecer os bancos e plataformas do Brasil com melhor desempenho não só em aspectos relativos a investimentos como também a partir de critérios qualitativos, a Fundação Getulio Vargas, por meio do Centro de Estudos em Finanças, elabora anualmente o ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), divulgado por meio de parceria com a DINHEIRO. Segundo a metodologia estabelecida pelos professores William Eid Junior, Ricardo R. Rochman e Cláudia E. Yoshinaga, o grande vencedor no período de 2023 foi o Bradesco, primeiro colocado em quatro das seis categorias avaliadas:
•  Varejo,
Alta Renda,
Multimercados,
e Money Market.

Entre as plataformas, a vitória foi do BTG Pactual, melhor pontuado em Varejo e Alta Renda.

Além dos critérios objetivos que avaliam o desempenho dos fundos de investimento (confira em Metodologia), a qualidade dos serviços é avaliada por meio da pesquisa FGV Toluna Insights, conduzida mensalmente com 500 investidores. O resultado da pesquisa tem peso de 30% na nota final da instituição.

Também neste aspecto o Bradesco se destacou, vencendo em oito dos nove itens avaliados. Entre as plataformas, o BTG obteve a maior nota em quatro dos nove quesitos. A premiação, em cerimônia on-line, ocorreu na noite da quarta-feira (21).

Para o vice-presidente de Wealth do Bradesco, Guilherme Muller Leal, o reconhecimento coroa um ano desafiador, em que o banco conseguiu superar as expectativas e entregar resultados excepcionais aos investidores. “Foi um ano de destaque da nossa asset. Nos saímos muito bem na performance dos fundos e tivemos uma captação líquida superpositiva”, afirmou Leal à DINHEIRO.

Segundo ele, no início de 2023, concorrentes como Itaú e Banco do Brasil sofreram muito com a crise da Americanas, varejista na qual o Bradesco tinha menor exposição. Além dessa vantagem inicial, o VP reconhece o trabalho dos especialistas em investimento e a participação dos gerentes para garantir a qualidade do atendimento. “A gente evoluiu muito na qualificação das pessoas e também na aproximação do nosso especialista para levar uma boa assessoria ao cliente.”

Para medir o resultado dessas iniciativas, o banco acompanha a evolução do NPS (sigla para Net Promoter Score, uma métrica para verificar a satisfação do cliente). E em 2023, segundo Leal, “todas as notas melhoraram bastante”. A avaliação positiva do trabalho de aconselhamento para os investidores tanto nos segmentos Prime quanto Private, de alta renda, foi uma das razões para a criação da vice-presidência de Wealth.

Até o ano passado, embora a área dedicada a esse perfil alto já existisse no Bradesco, ela não havia conquistado o status atual. A decisão partiu do atual diretor-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, que ascendeu ao cargo em novembro passado, substituindo Octavio de Lazari Jr. “Eu não tenho dúvida de que com essa nova estrutura a gente consolida e fortalece cada vez mais a nossa direção estratégica de liderar o mercado de alta renda”, afirmou Leal. “É uma jornada longa, mas entendo que a gente já vem ganhando muita sinergia aqui entre as áreas desse ecossistema que gere toda a parte de investimento. Agora teremos mais capacidade de ocupar esse mercado.”

Atrair clientes não é um problema, já que o Bradesco tem 1,7 milhão de correntistas considerados afluentes. “Nosso desafio é ganhar qualidade nessa relação”, disse Leal.

Um dos trunfos para vencer a concorrência nesse quesito é a internacionalização do banco. “Além dos especialistas da nossa corretora, temos nossos bancos em Miami e em Luxemburgo, com uma oferta única de soluções que podem ser acessadas por residentes e por brasileiros”, afirmou. “Isso complementa a oferta de valor para aquele cliente que tem o seu relacionamento aqui no Brasil e alguma necessidade no exterior. Ele pode ter assessoria de investimentos, crédito, ou seja, tem à disposição um banco completo.”

UMA NOVA CAMADA

Entre as novidades para investidores ainda em 2024 está o compromisso de atender melhor os clientes que não atingem o segmento Private. “Entendemos que era preciso fatiar em camadas para organizar a estrutura de atendimento e ter um ganho de principalidade para o nosso cliente com um atendimento mais adequado a cada faixa.”

O Private continuará com foco em clientes com investimentos acima de R$ 10 milhões e o que Leal chama de “novo afluente” (entre R$ 300 mil e R$ 10 milhões) ganhará uma nova estrutura, ainda sem nome definido.

“O público remanescente, que não chegar a essa faixa, também terá uma atenção especial, pois entendemos que toda essa cadeia é muito importante”, afirmou. São os primeiros passos do Bradesco para ser o melhor banco para investir também neste ano.