Influenciados pelo fraco desempenho econômico dos países desenvolvidos, os investidores estrangeiros pisaram no freio em 2012. No mundo, o fluxo de recursos produtivos totalizou US$ 1,3 trilhão, uma baixa de 18,3% em relação a 2011. Em meio a números negativos, no entanto, a América Latina brilhou. Segundo a Unctad, os estrangeiros despejaram US$ 232,6 bilhões nos países latinos, em 2012, para aquisições ou novos projetos produtivos. O montante representa uma elevação de 7,2% em relação ao ano anterior.

 

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De olho nas commodities: investidores estrangeiros alocam recursos em minas de cobre chilenas

 

“O investidor vai aonde há demanda e mercado potencial”, diz Alexandre de Freitas Barbosa, professor de história econômica da USP. Pela primeira vez na história, os países emergentes, incluindo os africanos e os tigres asiáticos, atraíram mais recursos do que as nações desenvolvidas. “É uma mudança estrutural e não apenas conjuntural”, afirma Barbosa. Dos principais países destacados pela Unctad, o Chile teve o maior crescimento na atração de recursos (52,7%). “A alta nos preços das commodities estimula os investimentos na indústria extrativista, no Chile, no Peru e na Colômbia”, diz o relatório da ONU.