A crise financeira de 2008 pode ter adiado algumas decisões de consumo, mas valeu a pena esperar. Os homens e mulheres mais ricos do mundo possuem mais dinheiro atualmente do que no período anterior às turbulências da economia mundial. O estudo da consultoria de origem francesa Cap Gemini em parceria com o banco de investimentos americano Merrill Lynch mostra que os milionários ficaram mais ricos. 

A soma das riquezas das pessoas com mais de US$ 1 milhão disponível para investimentos cresceu 4,91% entre 2007 e 2010, avançando de US$ 40,7 bilhões em 2007 para US$ 42,7 bilhões no ano passado. Somente no Brasil surgiram 8.400 novos milionários entre 2009 e 2010. O País ocupa a 11ª posição no ranking, sem alterações em relação a 2009, com 155.400 brasileiros na lista.

 

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A justificativa para esse crescimento está no avanço na maioria dos mercados de capitais, especialmente nos países emergentes. A alta das ações permitiu boas tacadas nas bolsas. No caso brasileiro, o Ibovespa valorizou-se 55,64% entre 2007 e 2010. Por aqui houve uma ajuda adicional, a das taxas de juros elevadas. Elas garantiram uma boa rentabilidade acima da inflação para aplicações sem risco, como os investimentos em títulos públicos, e também atraíram dinheiro de fora, fazendo o real se apreciar em relação ao dólar e elevando a riqueza relativa dos brasileiros.

 

O investidor que ainda não está nas listas da Cap Gemini pode mirar-se no exemplo dos milionários. A principal lição desse resultado é que compensa aproveitar uma crise e comprar na baixa, quando todos estão vendendo. “O lucro não é feito na hora de vender, ele é construído na hora da compra”, costuma dizer Warren Buffett, o investidor americano que está em todas as listas de milionários, bilionários e multibilionários.

 

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