21/11/2012 - 21:00
O empresário Marco Stefanini, fundador da consultoria de tecnologia Stefanini, entrou na faculdade de geologia durante o milagre econômico dos anos 1970, mas quando se formou no começo da década seguinte não havia empregos na área. Precisou direcionar a sua carreira para os computadores, o que o levou a criar a terceira empresa brasileira mais internacionalizada. Salim Mattar abriu a Localiza com seis fuscas usados. Hoje possui mais de 100 mil carros.
Ponto de partida: Grynbaum, do O Boticário, começou como office-boy
Artur Grynbaum, CEO do O Boticário, era um office boy, até se juntar, aos 16 anos, ao cunhado, Miguel Krigsner, fundador da rede. Hoje a empresa é a líder em número de franquias no Brasil, com 3,3 mil lojas. Essas histórias foram contadas pelos próprios empreendedores durante o 3o Fórum de Empreendedores, organizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr., em Águas de São Pedro (SP), entre os dias 9 e 11 de novembro. Por mais duros que sejam os desafios de empreender, o Brasil tem muito a comemorar nesse campo.
Ponto de partida: Mattar abriu a Localiza com seis fuscas usados
Ele possui atualmente o terceiro maior número de empreendedores do mundo, com 27 milhões de pessoas, atrás apenas de China e Estados Unidos. “Todo empreendedor passa por três fases”, diz Stefanini. “Abrimos a empresa para sobreviver, fazemos ela crescer para melhorar o nosso padrão de vida, e continuamos trabalhando por paixão.” O amor pelas empresas que viram crescer explica como os empresários se mantêm motivados, mesmo depois de terem conseguido amealhar fortunas pessoais.
Motivação: segundo Marco Stefanini, da Stefanini, o empresário
abre a empresa para sobreviver e melhorar de padrão
de vida, e acaba apaixonado por sua companhia
Num mercado globalizado, há dificuldades constantes para manter as empresas competitivas. “Quando um brasileiro tem uma boa ideia, cinco ou seis chineses pensaram na mesma coisa”, diz Laércio Cosentino, controlador da Totvs, a maior empresa de software da América Latina. “O que nos diferencia é o estilo.” Para esses empresários, o bom plano de negócios está longe de representar a parte mais importante do processo de criar grandes empresas. “Conheci muitas pessoas com ideias maravilhosas que não implementam nada”, afirma Edson de Godoy Bueno, fundador da Amil, vendida, em outubro, para a americana UnitedHealth.