15/02/2012 - 21:00
Menos de um ano depois de receber o presidente americano Barack Obama na rampa do Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff marcou para o dia 9 de abril a sua primeira visita de Estado à Casa Branca. No programa oficial, o destaque serão os acordos sobre educação – Dilma quer visitar o Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, para mostrar como prioriza o tema. Os dois países devem incrementar o acordo de intercâmbio, que prevê o envio de estudantes brasileiros às universidades americanas, dentro do programa Ciência Sem Fronteiras e o recebimento de professores americanos nas universidades e centros de pesquisa brasileiros.
Na rampa: Dilma recebe Obama no Palácio do Planalto, em março de 2011.
Na prática, os dois países estarão de olho nos investimentos. Até o ano passado, as empresas americanas já haviam investido US$ 178,4 bilhões por aqui, enquanto as brasileiras enviaram US$ 15,5 bilhões para lá. Ampliar os investimentos americanos no País não será difícil, já que o Brasil consolidou, por lá, a imagem de um grande e lucrativo mercado. Os americanos estão especialmente interessados na área de petróleo e gás, por causa do pré-sal, principalmente na cadeia petroquímica. Junto com a presidenta Dilma, desembarcam em Washington mais de 100 empresários, levados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Eles esperam levar os dois presidentes para um evento em conjunto com a Câmara Americana de Comércio. Se as perspectivas de investimentos agradam aos empresários brasileiros, a balança comercial vive um momento favorável aos americanos. No ano passado, o Brasil exportou US$ 25,8 bilhões aos EUA e importou US$ 33,9 bilhões. Ainda assim, o país ainda é o segundo maior destino das exportações brasileiras – depois da China, que compra basicamente soja e minério de ferro – com uma fatia de 10%. “Podemos discutir parcerias e transferência de tecnologia”, disse à DINHEIRO o presidente da CNI, Robson Andrade. “Mas espero que, em vez de vender, eles queiram comprar de nós.”