11/09/2015 - 20:00
Com uma aura de inovação renovada a cada lançamento, a Apple conquistou um espaço valioso na lista de desejos de consumidores em todo o mundo. A marca da maçã, no entanto, nunca conseguiu repetir o mesmo sucesso no mercado empresarial, apesar de diversas iniciativas. Na quarta-feira 9, Tim Cook, o CEO da Apple, mostrou que não vai desistir de entrar nos escritórios. Ao lado de novas versões do consagrado iPhone, da Apple TV e do Apple Watch, a companhia de Cupertino apresentou o iPad Pro, um tablet gigante que terá a missão de ganhar os corações e mentes dos executivos.
Com recursos que reforçam o plano da empresa posicionar o iPad como um produto voltado à produtividade, o tablet traz um teclado inteligente e uma caneta digital Stylus. Esse último acessório, por exemplo, foi alvo de piadas do falecido Steve Jobs quando a Apple lançou o iPhone e o próprio iPad, em 2007 e em 2010, respectivamente. O contraste não se limitou a questões técnicas. A companhia recebeu rivais históricos no palco do Billy Graham Civic Auditorium, como a Microsoft, que demonstrou recursos de produtividade do Office, desenvolvidos para o iPad.
Há pouco mais de um ano, a Apple anunciou uma parceria com a IBM – outra tradicional rival – para desenvolver aplicativos empresariais para o iPad e o iPhone. No Brasil, a IBM responde ainda pela venda, implantação e a assistência técnica dos dispositivos para as empresas. “O iPad Pro é uma oferta muito atraente para as companhias”, disse Brian Blau, diretor de pesquisas da consultoria americana de tecnologia Gartner.
“Mas a Apple ainda tem um bom trabalho a fazer em áreas como a de suporte e gestão dos dispositivos se quiser atrair esses clientes.” Para Frank Gillett, vice-presidente da consultoria americana de tecnologia Forrester Research, a faixa de preços do iPad Pro – de US$ 799 a US$ 1079 – é outra possível barreira para os planos da empresa. “Acima de US$ 900, ele não é uma ameaça para os tablets ou notebooks baseados no Windows”, afirmou Gillett.