23/05/2014 - 20:00
O Brasil possui um dos programas de prevenção e tratamento de Aids mais avançados do mundo. Também conseguiu criar um esquema de produção de medicamentos genéricos que ajudou a ampliar o acesso de um contingente maior de pessoas aos remédios, especialmente os de uso contínuo. O País faz bonito, ainda, quando o assunto são as campanhas de vacinação em massa, determinantes para a erradicação de enfermidades como a paralisia infantil. Por outro lado, os brasileiros ainda são assombrados com doenças como a malária e a dengue, esta última completamente erradicada em boa parte do mundo.
Isso, a despeito de o orçamento da saúde ser o maior da União, com recursos de R$ 82,5 bilhões previstos para 2014. Nesse contexto, fica evidente que apenas com o esforço de toda a sociedade será possível dar um salto de qualidade. Para suprir as deficiência seculares, iniciativas importantes vêm sendo adotadas em maior ou menor escala pelo setor privado. Com frequência, a ação busca melhorar um serviço prestado aos clientes, como é o caso da parceria entre o Grupo CCR e o Hospital Israelita Albert Einstein. O acordo garantiu a criação de um curso sob medida para melhorar a qualificação dos socorristas ligados à concessionária de rodovias, em São Paulo.
“Há dois anos tivemos uma preocupação real com o apagão de mão de obra, que também afetava a área de saúde”, afirma Marcelo Okamura, coordenador médico da CCR. Enquanto nas estradas paulistas o mote do trabalho é a requalificação e o aprimoramento da mão de obra, em outros locais, as necessidades são muito básicas. É o caso dos municípios sob a área de influência da Eldorado Celulose, baseada em Três Lagoas (MS). Desde que chegou à região, em 2011, a empresa, controlada pela holding J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, já investiu R$ 25 milhões em programas sociais.
Boa parte foi gasta na construção de unidades de atendimento, além da doação de equipamentos para hospitais e clínicas existentes. Mais do que de equipamentos, muitas vezes a eficiência do atendimento depende de uma melhoria na gestão. Esse é o mote do projeto realizado entre a sueca Ericsson, fabricante de equipamentos de telecomunicações, que, através do programa M-Health, está ajudando a eliminar os prontuários de papel usados no atendimento em hospitais da zona oeste da cidade de São Paulo. Os resultados com o prontuário eletrônico começam a aparecer.
“Já conseguimos, por exemplo, identificar o início de um surto de dengue por meio da análise de dados e eliminar o problema ainda em sua fase inicial”, diz Bruna Barbosa, gerente de sustentabilidade da Ericsson. Quem também vem dando uma contribuição importante é a Arcos Dourados, responsável pela bandeira McDonald’s na América Latina. Só que o novo foco da rede de fast-food é o bem-estar e o tratamento mais humanitário dos animais abatidos para a produção de seus sanduíches. O programa começa com uma determinação para que os fornecedores de carne suína adotem medidas para reduzir o estresse dos bichos. E não deve ficar por aí.
“Estamos olhando tudo que está sendo feito lá fora para poder adaptar ao Brasil”, afirma Celso Cruz, diretor de supply chain da Arcos Dourados. Investigando a contribuição privada na promoção da saúde dos brasileiros, também encontramos muitas ações clássicas de benemerência, mas que nem por isso têm se mostrado menos relevantes. Especialmente para os beneficiados. É o que mostra a atuação da fabricante de produtos de beleza Koloss Make-Up, que mantém uma longeva parceria com a Apae da cidade de Jaú, no interior paulista, onde está localizada sua sede.
Confira as empresas:
• Ambev
• Eldorado Brasil
• Ericsson
• Bradesco Seguros
• Mondelez
• Koloss
• CCR
• Audemars Piguet
• Mc Donalds
• Pfizer
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Confira também as demais categorias:
• Educação: O que elas podem ensinar
• Mobilidade: Menos poluição e mais agilidade
• Meio ambiente: Um fator decisivo
• Tecnologia e gestão: Parcerias estratégicas