As vendas haviam sido proibidas em maio, quando o Ministério Público entrou com uma ação civil pública devido aos constantes atrasos nas entregas naquele Estado. Segundo o Ministério Público, no momento da proibição havia 24 mil reclamações apenas no site Reclame Aqui. Além dos prejuízos causados com o bloqueio, a Americanas poderá ser mais afetada no longo prazo, incluindo as lojas físicas. “O consumidor pode ficar inseguro em fazer compras com essa empresa”, diz o consultor especializado em varejo Eugenio Foganholo, da Mixxer. 

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Loja offline: bloqueio das vendas afeta marca 

No entanto, ele avalia que o impacto não deve contaminar outras marcas de comércio virtual da B2W, como a Submarino, por exemplo. “Manter cada subsidiária com sua marca é uma boa estratégia, pois nem todos os clientes associarão as outras empresas à holding”, diz. O impacto sobre as ações continua sendo ruim, e os analistas esperam novas quedas das cotações, além de acreditarem em uma valorização dos papéis da concorrência. “Há sempre fundos de long & short que podem aproveitar a queda no curto prazo e montar posições vendidas em Americanas para comprar papéis de outras varejistas”, diz Bruno Lembi, da M2 Investimentos. Apesar da liberação, a desembargadora Helda Lima Meireles manteve o bloqueio de R$ 860 mil nas contas da empresa.

 

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Telecom

 

O Novo Mercado da Tim

 

Os acionistas minoritários da Tim aprovaram, na quarta-feira 22, a entrada da companhia no Novo Mercado, nível máximo de governança corporativa da bolsa. A companhia presidida pelo italiano Luca Luciani passou a ser a única do setor a participar deste segmento, onde controladores e minoritários têm os mesmos direitos. Desde o anúncio da intenção de migração, no início de maio, as ações preferenciais da companhia subiram 7,3% e as ordinárias 5,5%. No ano, a alta acumulada  é de 39%, enquanto o  Índice Bovespa amarga uma  queda de 11,4%.

 

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Quem vem lá

 

EDP quer levantar R$ 756 milhões

 

O período de reservas para a oferta da Energias do Brasil (EDP), antes previsto para os dias 27 e 28 de junho, foi adiado para o período entre 4 e 6 de julho. Os 19,9 milhões de novos papéis serão negociados a partir do dia 11. A emissão pode chegar a R$ 756 milhões, com base no  fechamento do dia 22 de junho.

 

 

 

Touro x Urso

 

A semana começou com um alívio na tensão, provocado pela melhora das expectativas com relação à crise da Grécia. No entanto, Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) acabou com a alegria dos investidores ao dizer, na quarta-feira 22, que um calote dos títulos do governo grego poderiam ter reflexos muito negativos nos mercados mundiais. Essas declarações forçaram uma baixa no mercado americano, que foi seguida pelo Índice Bovespa. 

 

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Destaque no pregão

 

Lucro eletrizante

 

A Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 1,285 bilhão nos três primeiros meses do ano, um aumento de 672% em comparação com os R$ 166,3 milhões registrados no mesmo período de 2010. A companhia estatal divulgou os números na terça-feira 21, após dois adiamentos sucessivos no anúncio dos resultados trimestrais ao mercado. A receita cresceu em todos os segmentos em que a companhia atua. Os números melhoraram tanto na comercialização quanto na geração de energia. 

 

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Palavra de analista

 

Rosângela Souza, analista da SLW Corretora, acredita que a Eletrobras deve continuar apresentando bons números ao longo do ano. No entanto, a empresa é a mais descontada do setor. “Os investidores levam em conta o risco regulatório e político. A ação é muito líquida e acaba sendo prejudicada em momentos de volatilidade do mercado”, diz. 

 

 

 

Educação financeira

 

Investimentos é um livro de finanças para quem não gosta de “economês”. A partir de intertextualidades com a literatura, a música e a cultura popular, Martin Casals Iglesias aborda conceitos econômicos e práticas indispensáveis ao bom investidor. (Campus Elsevier, 160 páginas, R$ 39,90)

 

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Mercado em números

 

OSX

 

R$ 2,7 bilhões – É quanto a companhia de equipamentos para exploração de petróleo e gás natural espera conseguir por meio de uma linha de crédito do Fundo da Marinha Mercante (FMM). O conselho diretor do fundo considerou prioritário o apoio financeiro ao projeto de construção do estaleiro no Porto de Açu, na cidade de São João da Barra  (RJ).

 

 

Triunfo 

 

R$ 180 milhões - É o valor da terceira emissão de debêntures da Triunfo Participações. A oferta deverá totalizar R$ 1 milhão e os títulos terão taxa de juros de 8,65% ao ano, atualizadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

 

Brazil Pharma

 

R$ 17,25 – É o valor de saída das ações da companhia farmacêutica Brazil Pharma, após oferta pública inicial (IPO) , encerrada na semana passada. O valor ficou dentro da média esperada, que havia sido estimada entre R$ 16,25 e R$ 19,25.

 

 

Hypermarcas

 

1,1 milhão - É a quantidade de ações que a companhia do setor de consumo  Hypermarcas adquiriu desde 2 de fevereiro quando iniciou o programa de recompra. No dia 20 de junho, quando foi enviado o comunicado ao mercado o valor de cada ação da companhia era de  R$ 14,50.

 

 

 

Pelo mundo

 

Prejuízo para a Barnes & Noble 

 

As vendas da rede de livrarias Barnes & Noble subiram 20%, para US$ 7 bilhões no ano fiscal de 2011, encerrado em abril. Apesar disso, o prejuízo foi de US$ 74 milhões no ano. As ações caíram 6% na terça-feira 21, data da divulgação.

 

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Adobe lucra mais 

 

A empresa de tecnologia Adobe Systems informou que seu lucro líquido foi de US$ 229,4 milhões no segundo trimestre fiscal, alta de 54% ante o ano anterior. As ações caíram 5,14% porque o número decepcionou o mercado.

 

 

FedEx aumenta ganhos

 

A americana FedEx lucrou US$ 1,45 bilhão no ano fiscal de 2011, encerrado em maio, O valor mostra  aumento de 23% ante 2010. Para 2011, a companhia espera que o lucro por ação suba de US$ 4,90 para até US$ 6,85.

 

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Personagem

 

A Dasa vai bem de saúde

 

Participante recente no mercado de capitais, o setor de saúde vem passando bem na BM&FBovespa e os prognósticos são favoráveis. 

O momento é tão bom que duas companhias do segmento, a operadora de planos de saúde Qualicorp e a rede de varejo de medicamentos Brazil Pharma se preparam para fazer suas ofertas públicas de ações (IPO, na sigla em inglês). Um dos exemplos de maior sucesso é a Diagnósticos da América (Dasa), empresa que controla diversas redes de laboratórios de análises clínicas. Suas ações subiram 37,8% nos últimos 12 meses, em comparação com uma queda de 5,3% do Ibovespa no período. Na semana passada, a empresa informou a recompra de até um milhão de suas ações. Marcelo Noll Barboza, presidente da Dasa, conversou com exclusividade com a DINHEIRO:

 

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Marcelo Noll Barboza, presidente: espaço para consolidação

 

Por que a companhia optou pela recompra de suas ações?

Aprovamos a aquisição de até um milhão de ações. A princípio elas vão ficar na tesouraria e mais tarde podemos cancelá-las ou vendê-las. O mais provável é que as usemos no nosso programa de remuneração variável de longo prazo, que foi aprovado neste ano pelos acionistas.

 

As ações vêm subindo apesar de o mercado em geral estar em queda. A que o sr. atribui essa alta?

Os acionistas estão respondendo bem à elevação da margem de lucro e à boa rentabilidade sobre o capital investido. Fizemos vários movimentos de expansão, diversas aquisições e associações para aumentar nossa escala, permitir nosso acesso a novas regiões e aperfeiçoar nossa operação de diagnóstico por imagem, por exemplo.

 

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Como o sr. avalia a liquidez das ações da Dasa listadas na BM&FBovespa?

Nossas ações possuem uma boa liquidez, pois somos líderes em um mercado que tem muito potencial devido àscensão e à expansão da classe média no Brasil. 

 

Como o sr. vê a consolidação do setor de saúde no Brasil?

O mercado de saúde brasileiro ainda é extremamente fragmentado. No nosso segmento específico, que é o de medicina diagnóstica, há mais de 16 mil laboratórios em atividade no País. Nossa empresa é líder no setor e nossa participação de mercado ainda é de apenas 12%. Acreditamos que há um espaço enorme para consolidação do setor e confiamos que estamos capacitados para  avançar cada vez  mais nos próximos anos.

 

 

com Caio Moretto, Juliana Schincariol e Lilian Sobral