20/06/2012 - 21:00
Investimentos
A conversa entre o CEO mundial da Alcoa, Klaus Kleinfeld, e a presidenta Dilma Rousseff, no início de junho, abordou as tradicionais queixas sobre o custo Brasil, mas produziu uma boa notícia: a empresa passará a produzir ligas de alumínio em suas unidades de São Luís (MA) e Poços de Caldas (MG). Trata-se de um produto de maior valor agregado do que os lingotes de alumínio primário fabricados atualmente pela Alcoa, para fornecer a setores da indústria, como o automotivo e o de aviação.
Funcionalismo
Reajuste em 2013 já!
Servidores federais de categorias em greve, ou que ameaçam parar nos próximos dias, sabem que falta caixa para este ano, mas já estão pensando em 2013. Os sindicatos miram os R$ 50 bilhões incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Já o governo quer manter a trajetória de queda nos gastos com pessoal. Entre 2009 e este ano, as despesas caíram de 4,68% para 4,13% do PIB.
Compras governamentais
Indústria forte
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já avisou aos fabricantes de equipamentos hospitalares que vai comprar no Brasil 100 aceleradores lineares, equipamentos usados para o tratamento do câncer, que custam R$ 2 milhões cada um e hoje são importados. O edital sai até o fim de julho, com um orçamento de R$ 500 milhões.
Rio+20
Brics verdes
A presidenta Dilma Rousseff fez questão de telefonar pessoalmente para os dirigentes dos Brics a fim de fechar uma posição do grupo na Rio+20. Eles defenderão responsabilidades menores para os países em desenvolvimento. A China será representada pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao.
Banco do Brasil
Américas sim, Europa nem pensar
A compra de uma participação do Santander na Espanha está fora dos planos do Banco do Brasil. Quando ouviu a proposta de Emilio Botín, presidente da instituição espanhola, a presidenta Dilma Rousseff recusou na hora: disse que prefere esperar o fim da crise. O banco estatal concentrará sua atuação internacional no Japão e nos Estados Unidos, para atender aos emigrantes, e na América Latina, para apoiar as empresas nacionais.
Economia
Mais medidas, menos pompa
Em vez dos badalados eventos no Palácio do Planalto, como fez ao lançar o Plano Brasil Maior, o governo pretende abrir mão da pompa ao anunciar as próximas medidas de estímulo à economia. O plano agora é divulgá-las assim que estiverem prontas, e não mais em pacotes. A próxima medida a ser anunciada é a desoneração de insumos para os setores siderúrgico e químico.
Notas
Preocupados com o aperto na concessão de crédito no mercado, fabricantes de motos e bicicletas querem que o governo estenda a eles a liberação de depósitos compulsórios feita para o financiamento de automóveis. Os empresários avaliam que, com mais dinheiro no mercado, os bancos serão menos rígidos na aprovação dos financiamentos.
Insatisfeita com a demora na liberação de emendas parlamentares, a base aliada travou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), na Comissão Mista de Orçamento. O cronograma está atrasado em duas semanas e não há perspectiva de votação do parecer preliminar. O Congresso só entrará em recesso se os parlamentares aprovarem a LDO até 17 de julho.
Colaboraram: Guilherme Queiroz e Cristiano Zaia