01/11/2013 - 21:00
Jockey Club
O presidente do Jockey Club de São Paulo, Eduardo da Rocha Azevedo, espera ansiosamente pelo dia 4 de novembro, quando deverá cair na conta do clube R$ 90 milhões, valor do lance vencedor do leilão da sede social da rua Boa Vista, realizado em setembro. O dinheiro será aplicado no saneamento do Jockey, cuja dívida encontrada por ele, em 2011, foi reduzida de R$ 420 milhões para os atuais R$ 220 milhões. Com os R$ 90 milhões, Rocha Azevedo, personagem da reportagem de capa da edição de novembro da revista Dinheiro Rural, espera saldar R$ 20 milhões em dívidas de curto prazo, R$ 25 milhões em INSS, além reformar a área social do clube para atrair pelo menos 3,5 mil novos membros. “A venda do prédio nos dá fôlego, mas ainda não resolve o problema”, diz Rocha Azevedo. Detalhe: ele jura desconhecer a identidade de quem arrematou a sede social.
Frase da semana
“Queremos resultados e eles não vieram. Não adianta explicar os motivos”
Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da BRF, dando bronca em seus executivos, durante teleconferência com analistas
Móveis
Feira milionária
Marcada para o período de 24 a 28 de março de 2013, em Bento Gonçalves(RS), a Movelsul Brasil, uma das principais feiras de móveis da América Latina, já está com 98% dos seus espaços comercializados. Nomes como Tramontina, Bertolini, Italinea, Bartzen, Herval, Butzke e Colormaq reservaram seus espaços.
Internacionalização
Morana chega a Los Angeles
O Grupo Ornatus, do empresário coreano radicado no Brasil Jae Ho Lee, acaba de inaugurar a primeira loja de acessórios femininos Morana, em Los Angeles, na Califórnia. O grupo Ornatus – que também é dono das marcas Balonè, de bijuterias, e Jin Jin Wok, Jin Jin Sushi, Little Tokyo e MySandwich, de alimentação – faturou R$ 261 milhões no ano passado. A Morana atua no País com 222 lojas e está presente em Portugal com duas unidades.
Bebidas
Luxo para envasar
De olho no crescimento do mercado de bebidas premium no Brasil, a americana Owens-Illinois, fabricante de embalagens de vidros, trouxe ao País, no início de outubro, sua linha Covet. Já foram fechados contratos para o fornecimento de garrafas para as marcas Sagatiba, Cachaça 51 e Giullians, que serão atendidas inicialmente pela fábrica da Owens-Illinois na Colômbia. De acordo com Rildo Lima, VP de Inovação da empresa, não está descartada a possibilidade de produzir a linha em uma de suas cinco fábricas no País.
Telefonia
GVT acelera em São Paulo
A GVT, comandada por Amos Genish, vai destinar R$ 100 milhões para passar sua rede de fibra óptica pelos principais bairros da capital paulista. Para diferenciar-se da concorrência, a GVT prepara a oferta de um serviço de telefonia que mescla a mobilidade do celular com a confiabilidade do telefone fixo. A ideia é que o usuário possa levar consigo seu telefone, que funciona via internet, e utilizá-lo por meio de redes Wi-Fi.
Locação
BB desiste da Lapa de Baixo
O BB desistiu de alugar um prédio de 18 andares no e-Business Park, do empresário Helio Seibel, na Lapa de Baixo, em São Paulo, onde centralizaria sua área de logística e informática. Motivo: construído numa antiga fábrica da Siemens, o e-Business Park abriga subsidiárias da empresa alemã e da Alstom, envolvidas no escândalo do metrô de São Paulo. O banco não quis correr o risco de ver seu novo endereço cercado por manifestações de black blocs, como aconteceu recentemente.
Violência
Está feia a coisa
O ativista social carioca José Júnior, fundador do AfroReggae, ONG que atua nas favelas do Rio de Janeiro, foi a atração do café da manhã promovido na quarta feira 30 pela entidade Caminho de Abraão, que reúne empresários de origem judaica e árabe de São Paulo. Jurado de morte por traficantes, Júnior anda com seguranças. E diz que não vai desistir do seu trabalho. No entanto, como seu mapa-astral prevê seu assassinato na segunda quinzena de dezembro, ele decidiu aceitar o convite de seus anfitriões: participar de um tour no conflagrado Oriente Médio, nos lugares visitados pelo personagem bíblico na Turquia, Jordânia e Israel.
Mercado Pet
Guiando os cães
O empresário alemão Manfred Bogdahn, dono da Flexi, fabricante de guias retráteis de luxo para cães, esteve em São Paulo na semana passada. Desde julho, a empresa mantém parceria com a Andipet, que reúne os distribuidores de produtos pet e responde pela logística da marca no País. Dona de uma receita de US$ 69 milhões em 2012, a Flexi quer vender quatro milhões de guias por ano até 2020 e estar presente em 50% dos 50 mil pet-shops do Brasil.
Obama diz que desconhecia grampos da NSA
Segurança
Garagem vertical
Numa época em que a segurança é uma das maiores preocupações dos brasileiros, os moradores do Residencial Sol, edifício de 28 andares que está sendo construído pelo grupo EPO, em Nova Lima (MG), vão ter seus dias de Eike Batista, em seus bons tempos: um elevador, projetado pela ThyssenKrupp, que transportará seu automóvel até o andar do apartamento, onde haverá uma vaga especial para deixá-lo estacionado. Com área de 572 m2, cada apartamento custa entre R$ 4 milhões e R$ 6 milhões.
Chocolate
Caracol aposta na saúde
Que tal saborear chocolates que ajudam a reduzir as medidas, gerenciam o estresse e retardam o envelhecimento, sem peso na consciência? É o que promete a gaúcha Caracol Chocolates, pequena fabricante (R$ 12 milhões em faturamento anual) do município turístico de Gramado. Voltada para a saúde, sua nova linha Vita oferece produtos com 85% de cacau e colágeno hidrolisado, não contém açúcar, lactose e glúten.
OMC
O fantasma de Doha
As divergências entre países desenvolvidos e emergentes estão minando as negociações para um acordo durante a próxima reunião ministerial da OMC, prevista para o início de dezembro, em Bali, gerando o temor de que se repita o fracasso da Rodada de Doha, em 2008. Os primeiros querem avançar na desburocratização do comércio exterior. Os segundos, como o Brasil, defendem um pacote para a agricultura e dispositivos de ajuda para os países mais pobres. Diante do impasse, a CNI advoga a concessão de benefícios para a facilitação do comércio global para os exportadores. Um deles é a redução de até 10% nos custos alfandegários.
Colaboraram: Carlos Eduardo Valim, Keila Cândido, Luiz Pacete, Rodrigo Caetano e Vera Ondei