Uma semifinal do tae kwon do acontece na mesma hora de um Brasil x Argentina no futebol feminino, um clássico do badminton se encavala na agenda com uma eliminatória do remo. Acompanhar toda a movimentação no Pan de Guadalajara exige, além de uma paixão compulsiva por esporte, uma sala de controle e imagens similar àquela utilizada para comandar linhas de metrô. Ciente do tamanho do desafio, o Terra preparou uma infraestrutura de grande porte para transmitir a variedade de atrações do Pan.     

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Paulo Castro, do Terra: sistema promete driblar ineficiências no serviço de banda larga do usuário

A empresa se incumbiu de exibir ao vivo todas as raquetadas, chutes, braçadas, saltos e socos que acontecem no Pan. Para tanto, precisou ter à mão até 13 canais, pois esse será o maior número de eventos simultâneos. Ainda não dá para ver todos ao mesmo tempo, mas, graças ao recurso Pip (picture in picture, ou imagem sobre a imagem), é possível acompanhar pelo menos dois esportes sem enlouquecer o controle remoto, o mouse ou a tela sensível ao toque. “Uma competição olímpica obriga o canal principal a recorrer a seus filhotes pagos. E, mesmo assim, não se dá conta de tudo”, diz Paulo Castro, diretor-geral do Terra no Brasil.   

Pelo modelo criado pelo portal, o sistema dribla as ineficiências dos serviços de banda larga. Cada um dos canais é transmitido em camadas diferentes, adaptadas de acordo com a qualidade da conexão. Quem tem banda larga mais ligeira recebe imagens melhores e maiores. Tudo isso respeitando a tendência de oferecer ao usuário a possibilidade de ver as competições na “melhor tela disponível”. Em casa, pode ser na tevê. Na rua, o tablet. Essa é a televisão do futuro? Se depender dos anunciantes, a resposta é sim. Apesar de custarem, somadas, quase R$ 200 milhões, as cotas de patrocínio foram vendidas dentro do prazo. Para o consumidor, sobra a tarefa de olhar para esse novo modelo de transmissão e curtir. Ou não.

 

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Diretamente de Guadalajara, México