15/08/2012 - 21:00
Em 68 anos de história, a Fundação Getulio Vargas, uma das mais tradicionais escolas de negócios do País, expandiu suas atividades por meio de 11 unidades próprias, entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, além de uma rede conveniada que lhe garante presença em outras 90 cidades. Em 2003, resolveu apostar na plataforma virtual, criando o e-learning, que já atendeu milhões de alunos. Agora, a fundação estreia em mais uma ferramenta multimídia, para distribuir seu conteúdo didático ao mundo corporativo: o canal FGVOnline. Ao custo de R$ 4,7 mil mensais, as companhias interessadas em partilhar aulas com o selo da FGV para seus funcionários podem assinar o serviço, similar ao de um canal de tevê a cabo.
Xantopoylos, da FGV: ”O aprendizado precisa ser cada vez mais dinâmico”.
“Já atuávamos com toda gama de tecnologia”, diz o professor Stavros Xantopoylos, diretor-executivo da FGVOnline. “Só nos faltava a tevê.” O canal, que será lançado na quarta-feira 15, levou três anos para ser formatado, e consumiu um investimento de R$ 3 milhões até chegar à plataforma adequada e ao formato ideal. “O aprendizado precisa ser cada vez mais dinâmico”, afirma Xantopoylos. A escola produzirá aulas com os professores, e entrevistas com executivos de corporações de destaque para o canal corporativo. IBM, Microsoft, Bematech e Mapfre foram algumas das companhias que participaram da produção das primeiras aulas. Para receber o conteúdo, divididos em módulos de finanças, marketing, recursos humanos e administração, as empresas precisam instalar um set-top-box com a marca da FGV na televisão.
Os cursos são destinados a grupos de até 50 funcionários. Os alunos recebem um login e uma senha para complementar o curso com exercícios via internet. Ao criar o canal da FGVOnline, a fundação passa a competir pelo conteúdo para treinamento corporativo, um mercado que cresce significativamente no País. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), feita no fim de 2011, revelou que as companhias brasileiras aumentariam em 37% os recursos para capacitação neste ano. As 285 companhias ouvidas pela ABTD investiram em torno de R$ 3,7 mil por funcionário no ano passado em treinamento.