13/06/2012 - 21:00
Ao longo da última década, o crescimento da economia tornou o Brasil um verdadeiro magneto para a atração de investimentos estrangeiros. Quase todos os setores da economia já contam hoje com a presença efetiva das principais companhias globais. Quase. A Omron, companhia japonesa da área de componentes eletrônicos e automação industrial, por exemplo, mantém negócios por aqui que geraram US$ 70 milhões no ano passado. É pouco, se comparado aos US$ 8,1 bilhões auferidos pelas operações do grupo em mais de 100 países, que empregam 36 mil funcionários. Mas a empresa quer mudar esse quadro.
Nigel Blakeway, diretor-geral da Omron para as américas:
“O Brasil já é um mercado maduro. Está no centro de nossa
estratégia de negócios para os próximos dez anos”.
A Omron está abrindo uma sede regional para a América Latina em São Paulo e uma nova fábrica de equipamentos eletrônicos para a indústria automotiva em Vinhedo, no interior do Estado. “Nosso plano estratégico de dez anos prevê foco nos emergentes”, afirma o britânico Nigel Blakeway, diretor-geral da empresa para as Américas. O objetivo da Omron é ambicioso: faturar US$ 500 milhões por ano na América doSul, até 2020. O principal motor desse crescimento deverá ser, justamente, o segmento automotivo, que já responde por 60% das vendas do grupo no Brasil, para clientes como Fiat, Volkswagen, Ford, Honda e General Motors, entre outras montadoras.
“Com a nova fábrica, vamos nos aproveitar das medidas do governo que impõem conteúdo nacional para os automóveis”, diz Blakeway. Além dos automóveis, a Omron tem outros setores na mira. Um deles é o da automação industrial. Principal operação do grupo no mundo, ainda tem uma participação modesta nas atividades da companhia no Brasil. O segundo alvo dos japoneses é o de equipamentos para saúde, especialmente para o consumidor final, como medidores de pressão arterial, termômetros, pedômetros e inaladores. É uma de suas áreas de negócios que crescem mais rapidamente hoje. “Nos últimos anos, as pessoas em todo o mundo passaram a ter uma preocupação em gerenciar sua saúde como nunca antes”, afirma Blakeway.