O mercado vive uma onda de “tecnologias vestíveis”, denominação do setor para equipamentos usados no corpo, como pulseiras digitais e óculos inteligentes. O grupo de artigos do gênero deve aumentar em breve – mas, nesse caso, movido por uma invenção caliente. A empresa inglesa de preservativos Durex desenvolveu um protótipo de roupa íntima que permite a quem usa a peça sentir as “carícias” feitas pelo parceiro, que pode estar a quilômetros de distância. E tudo isso por meio de um smartphone. Batizado de Fundawear, o protótipo é ativado por meio de um aplicativo de celular. 

 

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Prazer conectado: o protótipo desenvolvido pela Durex tem mecanismos instalados

que fazem as peças vibrarem  

 

Ele funciona da seguinte forma: as roupas em questão – cuecas, calcinhas e sutiãs – foram equipadas com sensores que reproduzem nas partes íntimas os toques carinhosos feitos pelo parceiro na tela de um smartphone. Quando o dono do aparelho toca na tela com o dedo, o usuário ou usuária da roupa sente as “carícias” em seu corpo, por meio de vibrações no tecido. Os sensores estão localizados nas zonas erógenas. “A vibração varia conforme a intensidade do movimento empregado no celular”, diz Ben Moir, técnico da Snepo, empresa australiana de tecnologia que desenvolveu o produto a pedido da britânica Durex, um dos maiores fabricantes mundiais de preservativos. O objetivo da Durex é promover sua marca de camisinhas. 

 

O mote da estratégia se baseia num estudo segundo o qual uma relação sexual é mais prazerosa quando os estímulos começam com bastante antecedência. Para promover a invenção, a Durex mantém uma página no Facebook para recrutar interessados em testar a novidade, que ainda não tem data de lançamento definida. Por enquanto, a escolha será feita entre casais australianos. No entanto, os consumidores de outros países podem ter uma boa surpresa em breve. A Snepo estuda a produção de uma versão comercial do Fundawear. “O produto poderia custar em torno de US$ 200”, afirmou Moir, no site da Snepo. Em um ambiente no qual as pessoas se conhecem pela internet e se comunicam a distância, preparar o clímax sexual por meio do celular pode não soar tão fora da realidade assim. 

 

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