Nenhum setor foi tão afetado pela chegada do real quanto o sistema financeiro. A estabilização da moeda e o fim dos ganhos com a inflação revelaram ineficiências do sistema que foram fatais para a maioria dos bancos. Alguns tiveram fraudes contábeis expostas rapidamente. Poucos meses depois da implantação do Real, coube à equipe dirigida por Gustavo Loyola, então presidente do Banco Central (BC), colocar em prática um programa de socorro aos bancos privados, o Proer. 

 

85.jpg

Gustavo Loyola: pilotando a reconstrução do sistema

 

Econômico, Nacional e Bamerindus, três dos maiores privados, quebraram e mudaram de mãos. Poucos meses depois, foi a vez de os bancos estaduais serem socorridos pelo Proes e, para encerrar, o Proef, dos bancos federais. Todos esses programas custaram R$ 169 bilhões em dinheiro público, mas o gasto legou ao País um sistema bancário sólido, que não foi afetado pelas crises internacionais. Não foi um caminho suave: sem contar as instituições menores e as que quebraram, 38 bancos fundiram-se nos seis gigantes que atualmente dominam o panorama bancário brasileiro. Confira essa trajetória no quadro ao lado.

 

86.jpg