10/05/2013 - 12:45
A escolha de Guilherme Afif Domingos (PSD) para ser ministro-chefe da recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa, 39º ministério do governo Dilma, pode até abrir espaço para novas alianças do governo, de olho nas eleições de 2014. Mas até que ponto essa decisão vai melhorar a assistência aos pequenos empreendedores? Com uma trajetória ligada a bandeiras do empreendedorismo, Afif, que já fez críticas ao governo Lula e à então ministra Dilma no passado, minimizou o lado político da sua nomeação, na quinta-feira 9, em Brasília.
Novo ministro: ao empossar Afif, em Brasília, a presidenta inchou ainda mais o seu governo
“Pequena empresa não é bandeira partidária, e sim uma bandeira nacional”, afirmou o novo ministro, que não pretende abrir mão do posto de vice-governador de São Paulo. Na tarde da segunda-feira 6, a presidenta já havia prestigiado o novo ministro durante a posse das diretorias da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, na capital paulista, destacando seu currículo. Afif foi responsável pela criação do imposto Simples e da figura do Empreendedor Individual.
“Parabéns ao Guilherme Afif por todas essas iniciativas, esse grande empresário que controla o pequeno negócio no nosso país”, disse Dilma, que aproveitou o evento para anunciar a redução de juros para microcrédito, de 8% para 5%. O novo ministro assume um órgão que contará com um orçamento modesto de R$ 7,9 milhões – a Saúde, por exemplo, tem um orçamento de R$ 100 bilhões –, porém a criação de mais uma pasta aumenta as críticas ao governo. “Não há compromisso com gastos e controle inflacionário”, diz Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília. Ampliar o número de ministérios continua fazendo o Estado brasileiro destoar do resto do mundo. Países como os Estados Unidos e a Argentina têm somente 15 ministérios. Caberá a Afif justificar essa aposta da presidenta.