O Ártico, também conhecido como Polo Norte, sempre foi alvo da cobiça dos países que fazem fronteira com o continente gelado. Seja pela abundância de recursos naturais, como petróleo, carvão e ouro, estimados em muitos trilhões de dólares, seja pela possibilidade da caça e pesca de animais naturais da região. Agora, o continente se tornou alvo da cobiça também do setor de transporte, cujos empreendedores desejam abrir novas rotas ligando o Ocidente ao Oriente. Quem lidera esse grupo são os armadores russos e finlandeses. O objetivo é criar uma alternativa ao Canal de Suez, encurtando a viagem dos navios em até 13 dias, por exemplo, no caso do trecho entre o porto de Roterdã, na Holanda, e Dailian, na China.

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Hoje essa rota ainda é subaproveitada devido à quantidade de gelo, o que limita a navegação, com segurança, por um período de apenas quatro meses no ano. No que depender do governo do presidente Vladimir Putin, da Rússia, essa rota deverá se tornar cada vez mais procurada. Os russos apostam na construção do Baltika NB508 (no detalhe), embarcação tida como revolucionária, pois é capaz de navegar de lado. Com isso, o navio abre um “canal” de 50 metros de largura, o dobro em relação às embarcações que hoje são utilizadas nessa tarefa, permitindo a passagem de megacargueiros e sua atracação nos portos que a Rússia e a Finlândia mantêm no Ártico. A construção foi encomendada ao estaleiro finlandês Arctech Helsinki Shipyard e a entrega está prevista para até o final de 2014, para desespero dos ambientalistas. 

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