11/01/2013 - 21:00
Demorou, mas a conta chegou. Reguladores federais dos Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira 7, um acordo de US$ 8,5 bilhões com dez dos maiores bancos americanos, envolvidos em irregularidades na execução de hipotecas, no período que se seguiu à crise financeira mundial, entre 2009 e 2010. As instituições foram acusadas, pelo Federal Reserve (Fed) e pelo Escritório do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês), de se valerem de um esquema que ficou conhecido como “assinatura-robô” para determinar as execuções. Ou seja, determinavam a execução sem uma avaliação individual de cada contrato.
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O acordo, que envolve os bancos Bank of America, Citibank, JP Morgan Chase, MetLife Bank, PNC, Aurora, Soberano, SunTrust, U.S. Bank e Wells Fargo, garante que mais de 3,8 milhões de mutuários, que foram vítimas das irregularidades, receberão compensações que podem chegar a US$ 125 mil para cada um. Será o suficiente para compensar o drama das famílias que perderam os empregos com a crise e foram despejadas pelos bancos? Segundo o controlador da moeda do governo americano, Thomaz J. Curry, o OCC se comprometeu a compensar as pessoas que foram prejudicadas.
O novo acordo vai agilizar o pagamento aos mutuários que foram prejudicados
e tiveram suas hipotecas executadas
“O novo acordo garante que os consumidores irão se beneficiar mais rapidamente e de forma mais direta”, afirmou Curry, em nota. Por sua vez, o Fed informou que os reguladores continuarão com os esforços para fechar acordos semelhantes com outros bancos que não aderiram a esse novo pacto, entre eles o HSBC, o Ally Financial, o OneWest Bank e o Everbank. Além do acordo com o Fed e o OCC, o Bank of America anunciou que fará um pagamento de US$ 10,3 bilhões para a financiadora de hipotecas Fannie Mae. Trata-se de uma saída para pôr fim às reclamações sobre empréstimos possivelmente irregulares feitos pelo banco e vendidos para a Fannie Mae, no período que antecedeu a crise financeira.