21/03/2014 - 21:00
Agricultura
Os mais antigos costumavam dizer que a vida começa aos 40. Bem, no caso da subsidiária da Monsanto pode-se dizer que o auge se dá aos 50. No ano em que completa meio século de Brasil, a empresa está colhendo fruto de uma aposta ousada feita no ano passado, quando, de uma só vez, lançou novos produtos para três culturas: soja, milho e algodão. A colheita começa a ser feita na safra 2013/2014, especialmente no que se refere à soja Intacta RR2 PRO. Desenvolvida especialmente para o Brasil, a semente é resistente à lagarta e 90% dos agricultores que adquiriram pela primeira vez repetiram os pedidos. Trata-se do maior índice na história da companhia, em termos globais, para uma tecnologia em seu ano de lançamento. Ponto para Rodrigo Santos, presidente da Monsanto, que comanda a segunda filial mais importante da companhia, responsável por cerca de 10% de suas vendas globais.
Frase da semana
“Estamos repetindo erros controlando alguns preços. Não vejo nenhuma vantagem, depois de termos feito isso durante muito tempo. Sinal de que até eu aprendo”
Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda e da Agricultura.
Maré alta
Peixe no portfólio
As empresas do setor de aquicultura atuam com margens elevadas de ganho, que atingem até 30% ao ano. De olho nesse potencial, a Riviera Investimentos, de São Paulo, criou o FIP Brasil Aquicultura, um fundo destinado a financiar projetos de empresas com perspectivas de fazer bonito aqui e no exterior. A meta é captar R$ 300 milhões, de acordo com André Barbieri, sócio-diretor da Riviera, que gere R$ 6 bilhões em ativos.
Bebidas
Milk Shake vitaminado
As elevadas temperaturas não têm sido benéficas apenas para fabricantes de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. Que o diga o mineiro Clederson Cabral, fundador da rede Mr. Mix, de milk shakes. Depois de crescer 67% no ano passado, quando o faturamento atingiu R$ 45 milhões, ele projeta um avanço de 70% neste ano. Para isso, pretende adicionar 70 pontos de venda à rede atual composta de 147 unidades. No radar de Cabral estão as capitais do Norte e do Nordeste.
Carga pesada
Fora dos trilhos
O Brasil segue muito defasado na malha ferroviária de carga. Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da ANTF, entidade do setor, diz que o país precisaria de pelo menos 52 mil km de ferrovias para cargas, mas possui menos de 29 mil. Esse deve ser o tema central de um congresso que a ANTF vai relizar neste ano. A expectativa é de que, apesar da Copa e das eleições, o governo leve adiante os leilões de concessão de linhas à iniciativa privada.
Saúde
Viagra segue firme
Decorridos três anos da quebra da patente, o Viagra, da Pfizer, continua mostrando seu vigor no segmento de disfunção erétil. Desde então foram comercializadas 11 pílulas azuis por minuto no Brasil. Apenas em 2013, as vendas somaram 5,6 milhões de comprimidos, o que representou 5,5% do mercado, segundo o IMS Health.
Calçados
Passos largos
Nascido em Igrejinha, município gaúcho que integra o maior polo de calçados femininos do País, o designer Jorge Bischoff não demorou muito para se decidir sobre qual rumo profissional tomar. Depois de ver suas coleções de sapatos e acessórios ganhar lojas multimarcas de Paris, Rússia, Polônia e outros 37 países, ele está apostando em lojas próprias por aqui. De uma só tacada, o empresário pretende abrir 12 unidades, neste ano, da rede Loucos & Santos, voltada para o público jovem.
Tecnologia
Mentes brilhantes
Não são apenas as empresas do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que recorrem ao prestigioso MIT. A brasiliense Raphaella Silva, consultora da agência digital Racionalize Comunicação, recrutou nesse centro de excelência os jovens cientistas que ajudaram a conceber um capacete que mensura a “felicidade” dos usuários. O equipamento será utilizado por deficientes físicos que irão testar um misto de bicicleta e cadeira de rodas que, em breve, estará circulando pelas ruas das principais cidades brasileiras. O objetivo de Raphaella é utilizar tanto o capacete quanto a bicicleta adaptada em campanhas de marketing.
Economia
“Falta o governo fazer o dever de casa”
Os relatórios das áreas de inteligência dos bancos não têm sido generosos com o Brasil. Especialmente no que se refere ao crescimento do PIB. O trabalho assinado pelo economista André Loes, economista-chefe do HSBC para a américa latina, ENGROSSA O CORO. “Para voltar a crescer a uma taxa vigorosa E CONTíNUA, o governo precisa fazer o dever de casa”, diz ele. Na lista de tarefas ele inclui a redução do custo Brasil e outras ações que melhorem a produtividade da economia. “O setor privado já fez a sua parte, agora falta o governo.” A propósito, no relatório que está sendo enviado aos clientes do banco britânico, a estimativa de avanço do PIB para 2014 caíram de 2,2% para 1,7%. Em relação a 2015, Loes manteve a projeção de modestíssimo 1,2%.
Indústria
Otimismo alemão
Crise, que crise? César Ferreira, presidente da subsidiária da alemã Wurth, vai contratar 200 vendedores. O número representa um incremento de 15% nos postos nesta área. O reforço, diz ele, é necessário para viabilizar a meta de crescer 20% neste ano, em relação a 2013, atingindo receita de R$ 400 milhões.
Maurício de Souza reclama da carga tributária e do custo Brasil
Coffee break
No campo e na cidade
O Brasil está assumindo um papel importante na guerra travada entre fabricantes de cápsulas para café. Para conquistar o paladar dos brasileiros, a americana D.E. Master Blenders, dona de marcas como Pilão e Café do Ponto, pretende atuar em duas frentes. Pelo lado do produtor, vai subsidiar a aquisição de insumos. No caso dos consumires, a Master Blenders espera seduzi-los com a campanha estrelada pelo casal Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, que vai distribuir R$ 150 em cápsulas para quem adquirir sua máquina Senseo, fabricada em parceria com a Philips.
Dura Lex
De olho na justiça
Os irmãos Carlos Ayres (à esq.) e Paulo lideram uma startup cujo objetivo é facilitar o acesso à Justiça. No site www.litigationrisks.com.br é possível saber os processos nos quais indivíduos e empresas são réus, graças a um software que “varre” o Diário Oficial. “A informação chega no e-mail do cliente um dia após a distribuição da ação”, diz Carlos, ex-diretor de tesouraria do Citibank. “Vamos criar também um ranking de empresas e pessoas mais citadas em ações criminais ou cíveis”, completa o sócio Paulo.
