24/08/2011 - 21:00
Em mensagem aos mais de mil convidados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez questão de assegurar que o País está muito bem preparado para enfrentar os problemas que podem advir dos países avançados, qualquer que seja o tamanho da turbulência. “Não vamos deixar a crise externa derrubar nossa economia, reduzir nossas empresas e tudo que construímos juntos nestes anos de luta”, disse o ministro. “Temos hoje condições ainda melhores que em 2008 para enfrentar esses problemas”, acrescentou, referindo-se à crise econômica global que eclodiu em setembro daquele ano.
Evento em São Paulo reuniu cerca de 75% do PIB brasileiro
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, traduziu em números as condições para o otimismo do governo, mostrando que o colchão financeiro para amortecer impactos da crise está mais cheio do que nunca. “Nossas reservas subiram de US$ 207 bilhões para US$ 347 bilhões. O Banco Central possui um volume maior de depósitos compulsórios, de mais de R$ 400 bilhões, que podem ser desembolsados, se necessário”, lembrou.
Último a discursar, o vice-presidente da República, Michel Temer, ficou impressionado com o que ouviu dos presentes. “Cumprimento a Editora Três por esta extraordinária dose de otimismo”, iniciou. “O governo não governa sozinho. Os empresários são o sangue que faz a grandeza do Brasil”, afirmou. Também participaram do evento a ministra Helena Chagas, titular da Secretaria de Comunicação da Presidência, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e outras autoridades.
A premiação da DINHEIRO revelou as companhias que mais se destacaram em 27 setores da economia brasileira. Em sua oitava edição, o AS MELHORES DA DINHEIRO, elaborado em parceria com a KPMG, a Trevisan Escola de Negócios e a Economática, é um raio X das melhores práticas corporativas das 500 maiores companhias do País. Juntas, elas faturaram R$ 2,7 trilhões em 2010. A Fiat, eleita a Empresa do Ano, representou todas as companhias que apostam pesado no País e não se deixam abater pelas turbulências de uma economia globalizada e fragilizada pelos problemas dos países desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos e a União Europeia. “A Fiat olha o Brasil como um investimento de longo prazo. O País tem condições de superar qualquer crise. A volatilidade é externa e não nos afetará”, disse Cledorvino Belini, presidente da empresa.
Os sorrisos da produção - Domingo Alzugaray, da Editora Três, e Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco
Consenso entre os empresários, a política de expansão das companhias continua intocada. “Não revimos investimentos e não há qualquer intenção de fazê-lo”, disse Alessandro Carlucci, presidente da Natura. Além de Fiat e Natura, subiram ao palco para receber o troféu de melhores empresas em seus setores: AES, Alpargatas, Anhanguera Educacional, Banco do Brasil, Bradesco Seguros, Bradesco Saúde, Braskem, BRF Brasil Foods, Casa da Moeda, Cielo, Coamo, Duratex, Furukawa, Lojas Renner, Petrobras, PDG Realty, Randon, Stefanini, Souza Cruz, Suzano Papel e Celulose, Telefônica, Transpetro, UTC Engenharia, Vale e Whirlpool.
Também foram estrelas da noite a Odebrecht (Melhor Sustentabilidade Financeira), Ambev (Recursos Humanos), Bombril (Inovação e Qualidade), Arezzo (Governança Corporativa) e Natura (Responsabilidade Social e Meio Ambiente). O presidente da Arezzo, Anderson Birman, fez questão de reforçar o clima de otimismo. “O princípio da Arezzo é o seguinte: quanto maior é a perspectiva de crise, mais trabalhamos”, disse. Para Philippe Delleur, CEO da Alstom Brasil, as perspectivas são positivas para o setor de infraestrutura. “A chegada da Copa do Mundo e da Olimpíada garante o nosso otimismo”, afirmou.
Visão de longo prazo
Apesar da crise externa, empresários mantêm aposta no Brasil
João Cox, consultor; Nizan Guanaes, presidente do Grupo ABC; e Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três
Bom humor - O palco da premiação das melhores da dinheiro reuniu autoridades e empresários influentes do país
As melhores entre as 500 maiores
Prêmio é o único do País que leva em conta as melhores práticas das empresas em cinco dimensões, do balanço até o meio ambiente
Grande campeã – Caco e Domingo Alzugaray deram a Cledorvino Belini, da Fiat, o troféu de empresa do ano