14/12/2011 - 21:00
A nata política, empresarial e cultural do País comemorou, na terça-feira 6, os bons resultados da economia brasileira num ano difícil para o mundo. A festa da Editora Três, que premiou as 15 personalidades que mais se destacaram no ano de 2011, foi marcada pelo entusiasmo da presidenta Dilma Rousseff e dos empresários com a reação saudável do Brasil à crise na Europa. “O Brasil, que por décadas foi visto como uma nação atrasada, economicamente caótica, perigosamente endividada e repleta de problemas sociais, virou exemplo para o mundo. Ou seja, o País está pronto para o futuro e segue firme numa plataforma de desenvolvimento que o colocará entre as grandes potências do planeta”, afirmou o presidente executivo da Editora Três, Caco Alzugaray, anfitrião não apenas da presidenta, mas também de sete ministros de Estado, dois governadores, prefeitos e boa parte do PIB nacional. “Nosso país hoje está na ponta do desenvolvimento econômico e encanta investidores internacionais.
Na semana passada, quem diria, até o FMI (Fundo Monetário Internacional) veio aqui tentar arrancar algum”, disse Alzugaray em seu discurso de boas-vindas, provocando risadas entre os 1.200 convidados presentes ao evento no Credicard Hall, em São Paulo. Para o executivo, o Brasil é um modelo de superação. “Derrotamos o desemprego, a estagnação econômica, as crises internacionais, e superaremos o monstro da corrupção”, disse. Eleita Brasileira do ano pela segunda vez pela revista ISTOÉ, a presidenta Dilma prestou uma homenagem especial ao editor e diretor responsável da Editora Três, Domingo Alzugaray, criador do prêmio há 11 anos. Orgulhosa, a presidenta apresentou dados econômicos positivos como a geração de 2,2 milhões de empregos até outubro, investimentos estrangeiros diretos de US$ 56 bilhões e recorde de US$ 234 bilhões em exportações, no período, para demonstrar que o Brasil mudou de patamar nos últimos anos.
A presidenta Dilma Rousseff, que recebeu o troféu Brasileira do Ano das mãos de Caco Alzugaray, presidente executivo da Editora Três
A presidenta não deixou de notar a independência em relação ao FMI em plena crise, quando muitos países são obrigados a seguir o receituário recessivo do organismo internacional. “Podemos dizer que tivemos um ano muito bem-sucedido em relação ao mundo”, afirmou Dilma, lembrando que o governo brasileiro percebeu rapidamente as ameaças da crise e antecipou-se a elas. “Tomamos várias medidas, em tempo hábil, de proteção à indústria, agricultura e serviços.” Com isso, previu Dilma, 2012 será necessariamente melhor do que este ano. “O que não é pouca coisa, diante da crise e insensatez política que vivenciamos”, ressaltou a presidenta, referindo-se à lentidão na solução dos problemas europeus.
Um dos pilares que sustentará a continuidade do crescimento no Brasil, apesar das dificuldades nas economias desenvolvidas e da desaceleração do crescimento mundial, é a força da mobilidade social e da distribuição de renda no País. “Nós elevamos uma Argentina à situação de consumidores e daqui até 2014 muita coisa vai mudar para melhor no Brasil”, completou a presidenta. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também presente à cerimônia, está convicto de que o País segue em boa fase. “Vamos ter mais medidas de incentivos daqui para a frente, podem esperar”, disse o ministro à DINHEIRO. Mantega e Dilma foram acompanhados pelos titulares das pastas do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; da Educação, Fernando Haddad; da Saúde, Alexandre Padilha; da Previdência, Garibaldi Alves; do Esporte, Aldo Rebelo; e da Secretaria da Comunicação da Presidência, Helena Chagas.
Entre as autoridades estaduais que compareceram ao evento, o governador da Bahia, Jaques Wagner; o do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; e o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Os inúmeros empresários que prestigiaram a premiação confirmaram a expectativa de resiliência da economia brasileira ao cenário internacional turbulento. As companhias continuam otimistas com o futuro, elevando os volumes de investimento previstos para o ano que vem. A recente desaceleração econômica, provocada pelas medidas tomadas pelo Banco Central para controlar a inflação no início do ano, não altera essa perspectiva de solidez econômica e crescimento do consumo no mercado interno nos próximos anos, fundamentando, portanto, a decisão das empresas de continuar expandindo suas atividades.
O banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, eleito Empreendedor do Ano pela revista DINHEIRO, ressaltou a importância do investimento na atuação de seu banco. “Quero agradecer a todos os empresários que estão investindo e transformando todos os dias o Brasil num lugar melhor, com mais renda e mais emprego”, afirmou ao receber o prêmio. O presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, também vê um cenário positivo em 2012. “As obras de infraestrutura devem se acelerar no ano que vem”, disse. A taxa de investimento no País está batendo recorde e tende a continuar crescendo no ano que vem (ver reportagem aqui).
Também foram premiados pela DINHEIRO como Empreendedores do Ano José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors, na categoria Indústria; Johnny Saad, que comanda o Grupo Bandeirantes, na Comunicação; Julio Vasconcellos, fundador do Peixe Urbano, na Tecnologia; e o ministro Fernando Pimentel, principal articulador do plano Brasil Maior, que reduziu impostos para estimular investimentos e inovação, no Desenvolvimento. “Vamos continuar trabalhando para fazer o Brasil cada vez mais competitivo e próspero”, afirmou Pimentel.