24/03/2016 - 20:00
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&) rebaixou, na terça-feira 22, a classificação de risco de duas das principais siderúrgicas brasileiras, a CSN, presidida por Benjamin Steinbruch, e a Usiminas. O “rating” global da CSN caiu de B+ para B, e o nacional caiu de brBBB para brBB. A S&P justificou a decisão citando os juros altos e a demanda fraca por aço, adversos ao caixa da siderúrgica. Já no caso da Usiminas, o rating caiu de CCC+ para SD, indicando inadimplência seletiva, após o acordo de suspensão temporária do pagamento da dívida firmado com seus credores no dia 18 de março. A assessoria de imprensa da Usiminas informou que os compromissos financeiros estão “rigorosamente em dia, e o foco do trabalho é fortalecer a liquidez”. Os acionistas parecem não se incomodar: no mês, os papéis PNA quase dobraram de valor. A CSN não comentou.
Touro x urso
Apesar do cenário político turbulento e imprevisível, as ações permanecem oscilando principalmente ao sabor do fluxo de recursos internacionais que vêm aproveitar os descontos do mercado brasileiro, de olho principalmente em uma segunda onda de entrada de recursos. Mesmo com eventuais retrocessos, a entrada de investimentos externos estava positiva no mês, em R$ 1,4 bilhão, até a segunda-feira 21, e apenas uma deterioração muito grande do cenário político pode reverter esse quadro. Até a quarta-feira 23, a alta acumulada do Ibovespa no mês era de 16,12%.
QUEM VAI LÁ
Prêmio na Vigor
As ações do laticínio Vigor, que anunciou sua intenção de fechar o capital em agosto de 2015, saltaram 123% em março, após os controladores da empresa terem anunciado que pagariam R$ 25,00 por ação na Oferta Pública de Aquisição, cuja proposta está sendo analisada pela Comissão de Valores Mobiliários. A oferta representou um prêmio de 163% ante os R$ 9,50 anteriores a ela.
EDUCAÇÃO
Lucro nota 10 da Ser Educacional
Na contramão de um setor que vem sendo afetado pela redução dos programas governamentais, a Ser Educacional anunciou, no dia 18 de março, um lucro de R$ 1 bilhão referente a 2015, um crescimento de 46% em relação ao resultado de 2014. A empresa consolidou as aquisições da Universidade de Guarulhos e da Unama, elevando em 23% a base de alunos, para 124 mil estudantes. Em março, até a quarta-feira 23, as ações subiram 24%.
VAREJO
ADR da Raia Drogasil inicia negócios
A rede de farmácias Raia Drogasil anunciou, na terça-feira 22, o início da negociação com seus American Depositary Receipts (ADR), os recibos de ações transacionados no mercado americano. O programa foi decidido no início de fevereiro, e aprovado pelas autoridades de mercado tanto brasileiro quanto americano. A cada ação corresponderá uma ADR. O banco depositário no Brasil será o Itaú Unibanco e o banco custodiante nos Estados Unidos será o americano BNY Mellon. No ano, as ações sobem 47,67%.
DESTAQUE NO PREGÃO
Vale revê dividendos
A Vale costumava pagar dividendos aos acionistas duas vezes por ano, mas isso deve mudar. O Conselho de Administração da mineradora presidida por Murilo Ferreira deve aprovar, em abril, que os dividendos sejam pagos no ano seguinte. Para 2016, a mineradora não deverá votar um dividendo mínimo, tendo em vista não apenas o prejuízo de
R$ 44 bilhões em 2015 como também o cenário adverso para o minério de ferro. Em março, até a quarta-feira 23, as ações subiam 22,6%.
A Vale costumava pagar dividendos aos acionistas duas vezes por ano, mas isso deve mudar. O Conselho de Administração da mineradora presidida por Murilo Ferreira deve aprovar, em abril, que os dividendos sejam pagos no ano seguinte. Para 2016, a mineradora não deverá votar um dividendo mínimo, tendo em vista não apenas o prejuízo de R$ 44 bilhões em 2015 como também o cenário adverso para o minério de ferro. Em março, até a quarta-feira 23, as ações subiam 22,6%.
Palavra do analista:
segundo a companhia gaúcha Toro Radar, as ações da Vale podem continuar subindo, pois há uma forte demanda ao redor de R$ 10,60. Para a Toro, o limite de alta é de R$ 12,90, com forte volatilidade.
MERCADO EM NÚMEROS
CETIP
R$ 5,5 bilhões
Era o total de Letras de Câmbio registradas na empresa de serviços financeiros no fim de fevereiro, alta de 22% ante 2014
BOLSA
R$ 3,79 bilhões
Foi o exercício de opções de ações na BM&FBovespa, dos quais R$ 3,31 bilhões em opções de compra e R$ R$ 480 milhões em opções de venda
FRAS-LE
R$ 875 milhões
Foi a receita líquida da fabricante de freios e autopeças durante o exercício de 2015, um crescimento de 14,4%
em relação a 2014
V-AGRO
R$ 161 milhões
Foi o prejuízo líquido da empresa produtora de grãos e fibras vegetais, um crescimento de 113% em relação ao prejuízo obtido em 2014
CSU
69%
Foi o crescimento do lucro da empresa processadora de transações com cartões em 2015. O resultado da companhia foi de
R$ 19 milhões