Nas últimas semanas, o pessimismo parecia ter tomado conta do mercado. Previsões mais alarmistas falavam que o “pibinho” do ano passado nem sequer alcançaria 1%. Na esteira da ressaca do Carnaval, porém, surgiram números mais animadores, capazes de trazer de volta a sensação de que, depois de andar de lado em 2012, a economia brasileira já começa a olhar para a frente em 2013. O sinal mais evidente foi a elevação de 1,64% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), uma prévia do PIB, que será divulgado na sexta-feira 1º de março pelo IBGE. Segundo as consultorias, o número obtido pelo BC não será repetido pelo IBGE, já que as metodologias são diferentes. 

 

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Economia em construção: o número de lançamentos imobiliários

deve crescer 10% neste ano, em São Paulo

 

As projeções são de uma expansão de no máximo 1,1%, em 2012. Mas, junto com outros indicadores divulgados na semana passada, o IBC-BR confirma que o pior já ficou para trás. Em janeiro, a indústria paulista, que havia demitido 66,5 mil trabalhadores, em dezembro contratou dez mil trabalhadores. É pouco, mas já se trata de um sinal de retomada, embora o estoque de empregos ainda esteja 1,75% inferior a janeiro do ano passado. Na projeção do economista Octavio de Barros, do Bradesco, a queda de 2,7% na indústria, em 2012, será substituída por uma expansão de 3,5% neste ano.

 

O aumento da atividade econômica também pode ser medido pela maior demanda por crédito. Uma pesquisa da Serasa Experian mostra que a procura por recursos cresceu 19,3% em janeiro em relação a dezembro, liderada pela alta de 21,4% na indústria. Um dos setores mais confiantes na retomada de 2013 é o de construção civil. O Secovi-SP, sindicato das empresas de habitação, prevê aumento de 10% no número de lançamentos imobiliários neste ano, e de 3,5% a 5% no volume de vendas. “O aumento do investimento, liderado pelo governo, é fundamental para a expansão do setor”, diz Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP. 

 

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Colaborou: Luís Artur Nogueira